22 de novembro de 2024
Apoio • atualizado em 09/01/2023 às 16:47

Governo coloca à disposição 270 vagas em presídios goianos para detenção em atos antidemocráticos

O democrata garantiu que a inteligência das forças de segurança está em alerta para evitar a ocorrência de episódios extremistas em território goiano
Caiado se reuniu na tarde desta segunda-feira (09) com parlametares para discutir rumos da política após atos terroristas (Foto: Divulgação/Governo de Goiás)
Caiado se reuniu na tarde desta segunda-feira (09) com parlametares para discutir rumos da política após atos terroristas (Foto: Divulgação/Governo de Goiás)

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) convocou parlamentares da base para uma reunião nesta segunda-feira (09/01), no Palácio das Esmeraldas, ocasião em que atualizou sobre o monitoramento do Governo de Goiás em relação aos atos antidemocráticos ocorridos no domingo (08/01), em Brasília. 

O democrata garantiu que a inteligência das forças de segurança está em alerta para evitar a ocorrência de episódios extremistas em território goiano e destacou que Goiás foi “o primeiro a se posicionar” diante das cenas de barbárie na capital federal. 

Caiado anunciou que o sistema prisional goiano colocou cerca de 270 vagas à disposição do Poder Judiciário no Presídio Estadual de Águas Lindas de Goiás e na Central de Triagem, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Os episódios de ontem destruíram prédios públicos na capital federal e podem ter mais desdobramentos

“Estes atos, enquadrados como terroristas, são capazes de levar os culpados à prisão por 15 anos. Então, acredito que as pessoas que estão financiando e orientando esses processos sofrerão consequências graves nos julgamentos que ocorrerão nos próximos meses”, projetou. 

“Nós, em Goiás, não vamos aceitar qualquer ato de vandalismo ou de criminalidade que venha a colocar em risco nosso sistema democrático”, garantiu o governador ao comentar que a destruição causada em Brasília foi consequência de uma “omissão das forças policiais do Distrito Federal”. 

Aos deputados estaduais, federais e senadores, Caiado disse que determinou, como medida preventiva, o reforço na segurança de prédios públicos goianos, como o Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunais de Contas e Defensoria Pública. 

O Estado também monitora, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo menos três rodovias que correm o risco de tentativa de bloqueio: BR-060, entre Goiânia e Anápolis; BR-153, entre Goiânia e Itumbiara; e BR-040, entre Luziânia e Brasília. Estes locais também ganham atenção especial do monitoramento de inteligência. Ainda segundo o governador, 60 policiais estão posicionados no Entorno do Distrito Federal e preparados para atuar no reforço da segurança de Brasília, caso sejam convocados pela Força Nacional. 

Ônibus apreendidos

Sobre os oito ônibus apreendidos em Goiás, logo após deixarem Brasília, todos são alvo de investigação e seus ocupantes prestam depoimentos. “Nossas ações, conforme a decisão do ministro Alexandre de Moraes, são de identificação das pessoas. O protocolo é o que a Polícia Federal está definindo”, explicou Caiado. Alguns dos veículos foram deslocados para Jataí, Itumbiara e Catalão. Outros, destinados à capital goiana. “Nossas forças de segurança dão proteção a esses locais onde as pessoas estão sendo ouvidas.”

Caiado lamentou os rumos violentos tomados pelas manifestações pós-eleições. “O que as urnas definem deve ser respeitado por todos nós”, observou ao definir os atos de ontem: “É algo inimaginável, inaceitável, deprimente. Cenas que vão manchar muito a imagem do Brasil no exterior”, disse. 

O governador também lembrou que apesar de seu histórico pessoal de oposição ao PT e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a democracia e a vontade do povo prevalecem. “Não podemos confundir as coisas. Nunca tive dúvida de como me comportar nessas horas”, revelou ao falar do apoio do Estado ao governo federal em prol da ordem pública. 


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