Diante da grande possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser preso em uma das celas especiais do Complexo Penitenciário da Papuda, o governo do Distrito Federal (GDF) enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um ofício pedindo que Bolsonaro passe por uma avaliação médica antes de seguir para a Papuda ou outra prisão de Brasília. Celas da Papuda já foram conferidas pelo ministro.
A intenção é averiguar a “compatibilidade” do quadro clínico do ex-presidente com a assistência médica que as prisões de Brasília conseguem oferecer.
O ofício foi enviado pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) do GDF faltando dois dias para o início do julgamento dos recursos dos réus do núcleo 1 da trama golpista que pode culminar com o início do regime fechado de prisão para réus como Bolsonaro.
A Seape alega no ofício que o ex-presidente passou por cirurgias abdominais e precisou de atendimentos médicos devido a complicações de saúde antes e durante o tempo de prisão domiciliar. Essa prisão foi decretada em agosto em virtude de outro processo, relacionado também ao filho Eduardo Bolsonaro (PL) e a atuação para prejudicar a economia e perseguir autoridades brasileiras como os próprios ministros do Supremo.
Recurso começa a ser julgado na sexta
O recurso de Jair Bolsonaro começará a ser julgado na sexta-feira (7) no plenário virtual e os ministros terão uma semana para registrar os votos, até o resultado ser declarado pelo STF. Se for rejeitado, uma eventual prisão será decretada para o início da condenação de 27 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por liderar uma tentativa de golpe de Estado.
O local do cumprimento da pena não está definido. O Complexo da Papuda, é uma das principais opções e imagens teriam sido conferidas por Alexandre de Moraes, após uma inspeção de um funcionário do gabinete enviado por ele. A cela vista tem paredes brancas, ar-condicionado e televisão.
Entre aliados de Bolsonaro, a expectativa é de que o ex-presidente vá para uma cela na Papuda, mas eles também acreditam que será por pouco tempo exatamente pelos problemas de saúde. A tendência é que se repita o que houve com o ex-presidente Fernando Collor de Melo que tinha sido condenado a 8 anos por corrupção, mas pouco tempo depois saiu do regime fechado por problemas de saúde.
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