23 de dezembro de 2024
TRIBUNAL

Goiás perde recurso no STJD e terá que pagar R$ 75 mil por ofensas à CBF e dirigentes

Foto - Divulgação STJD
Foto - Divulgação STJD

No dia 18 de agosto, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), puniu o presidente do Goiás Esporte Clube, Paulo Rogério Pinheiro. Por conta de ofensas dirigidas à CBF, em uma entrevista coletiva, o dirigente foi apenado em 90 dias e multa no valor de R$ 75 mil.

O departamento jurídico do Goiás recorreu da decisão e nesta semana o recurso alviverde foi analisado pelo Pleno do Tribunal. Por unanimidade os auditores votaram pela permanência da punição. O relator Maurício Neves Fonseca considerou o caso como gravíssimo e votou pela punição por infração do artigo 243-F do CBJD (por três vezes) – ofensa a honra – em virtude de declarações concedidas pelo mandatário esmeraldino.

Paulo Rogério Pinheiro mostrou muita indignação com a arbitragem de Leandro Pedro Vuaden (RS) por ocasião da partida entre Goiás x Fortaleza. Na oportunidade o presidente do time goiano criticou Wilson Luís Seneme – responsável pela comissão de arbitragem e Ednaldo Rodrigues – presidente da CBF. “Ednaldo, você não aparece, não dá as caras como estou dando aqui. Me recebe na CBF, como o senhor ainda não fez em três anos ainda. Saia do ostracismo. CBF não é parque de diversão, é coisa séria. Nós não estamos brincando de fazer futebol. Saia de trás da sua diretoria, bate a mão na mesa e resolva. Isso já virou piada”, desabafou Paulo Rogério Pinheiro. Na sequência da entrevista, o presidente do Goiás chegou a dizer que a CBF não tem vergonha. “Não tem dono, não tem quem manda. Vamos falar a verdade é a casa da mãe joana”.

Confira a entrevista de Paulo Rogério criticando dirigentes da CBF

O relator do pleno do STJD justificou o voto para manutenção da punição à Paulo Rogério Pinheiro. “É a primeira vez que ouvi de uma forma tão contundente contra o presidente da CBF, do presidente da Comissão da Arbitragem e à própria entidade. A ofensa a honra é inquestionável neste caso. Se não tivermos uma pena rigorosa, será difícil manter o respeito a  todos os envolvidos no futebol brasileiro”, disse o auditor Maurício Neves Fonseca.  


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