O Estado de Goiás aparece como o líder ranking nacional que identificou o percentual de servidores sem concurso, em comparação com os outros estados brasileiros. Os Estados tem 105,5 mil servidores e, destes, 10% estão em Goiás.
Segundo o Estadão, “o governador Marconi Perillo (PSDB) abriga em sua burocracia 10.175 funcionários nessa situação, o que o torna líder no ranking desse tipo de nomeações em números absolutos”.
Os dados constam do estudo sobre a estrutura burocrática dos Estados, feita pelo IBGE, com informações de 2012.
O ranking mostra, segundo o Estadão, “que há 4.445 servidores sem concurso em cargos de confiança na chamada administração direta, ou 0,7% do total dessa categoria. Já nos Estados, a proporção chega a 2,8%”.
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Segundo o estudo, “os oito governadores do PSDB controlam, em conjunto, 37,6 mil cargos ocupados por servidores não concursados. Os quatro governadores do PT, por sua vez, têm em mãos 23 mil vagas. Logo atrás estão os quatro do PMDB, com 21,6 mil”.
O Estadão, informa que “os cargos de livre nomeação servem para que administradores públicos possam se cercar de pessoas com quem têm afinidades políticas e projetos em comum. Na prática, no entanto, é corrente o uso dessas vagas como moeda de troca. Além de abrigar seus próprios eleitores ou correligionários, os chefes do Executivo distribuem as vagas sem concurso para partidos aliados em troca de apoio no Legislativo ou em campanhas eleitorais”.
Na prática, é isso mesmo.
O Estadão abordou, também, o fato, já divulgado, quem “em Goiás, por exemplo, 49% dos comissionados têm apenas o ensino fundamental, segundo registros oficiais. O governo diz que não controla a escolaridade. No governo federal, apenas 1,4% dos comissionados têm escolaridade até o 1º grau”.