18 de novembro de 2024
SAÚDE

Goiás monitora 3 casos suspeitos de varíola dos macacos; especialista orienta sobre cuidados

Infectologista explica que as formas de prevenção à doença são similares à Covid-19: uso de máscara e distanciamento social
Brasil já tem 21 casos confirmados da doença; outros 23 estão em investigação (Foto: Divulgação)
Brasil já tem 21 casos confirmados da doença; outros 23 estão em investigação (Foto: Divulgação)

Depois de informar que está investigando um caso suspeito de Monkeypox, doença conhecida popularmente como varíola dos macacos, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), confirmou, em informações repassadas ao Diário de Goiás, que outros dois contatos próximos do caso estão sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Segundo a pasta, o caso suspeito se trata de uma mulher de 43 anos, que reside em Goiânia. 

De acordo com a SES-GO, são considerados critérios para definição de caso suspeito da varíola dos macacos, a pessoa de qualquer idade que, a partir de 15 de março deste ano, tenha apresentado início súbito de erupções cutâneas agudas pelo corpo, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não ao relato de febre e o inchaço dos gânglios (linfonodos). 

No Brasil, segundo divulgou o Ministério da Saúde (MS) nesta quarta-feira (29/06), já são 21 casos confirmados da doença. Outros 23 estão em investigação pela pasta. 

O que você precisa saber

Ao Diário de Goiás, o infectologista Robert Fabian Crespo Rosas, professor de Medicina do Centro Universitário São Camilo – SP,  explicou um pouco mais sobre a varíola dos macacos e o que a difere das demais formas conhecidas da doença. “A varíola dos macacos apresenta patologia semelhante à varíola humana, do ponto de vista clínico, no seu agente infeccioso. Uma diferença importante é que esta última é muito mais agressiva, enquanto a dos macacos é menos transmissível – entre pessoas, pelo menos”, destacou. 

Com relação aos sintomas, o médico detalhou que, entre os principais sinais da doença estão a dor de cabeça, febre não muito alta, e dor articular por aproximadamente até quatro dias. “Depois disso, aparecem as lesões bolhosas na pele”, ressaltou.

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Sobre a transmissão, o infectologista enfatizou que, basicamente, a doença é transmitida por contato íntimo ou com secreções como saliva, e pela via respiratória através de gotículas. “Tanto que a orientação é que caso o paciente infectado precise ficar internado, deverá ficar sob isolamento combinado para gotículas e para contato”, afirmou.

Rosas explica ainda que, as formas de prevenção à doença são similares à Covid-19. “É recomendado o uso de máscaras e o distanciamento social. Neste momento, o mais importante é que as pessoas que estão apresentando sintomas reportem para o sistema de Saúde”, apontou.  

Entenda

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus, sendo considerada uma zoonose viral, ou seja, o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais e com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.


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