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Goiás é destaque positivo por restringir agrotóxico que mata milhões de abelhas no Brasil

Vários estados do Brasil lutam para tentar salvar abelhas vítimas do agrotóxico fipronil. Em abril, Goiás foi destaque nacional ao aprovar uma lei restringindo o uso da substância. A lei foi sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB) e publicada no Diário Oficial do Estado como um projeto de autoria do deputado Antônio Gomide (PT) que proíbe o uso do agrotóxico em áreas próximas à produção de mel e à agricultura orgânica em Goiás.

A iniciativa foi realizada na tentativa de abrandar os danos causados às abelhas e preservar a atividade apícola e a sustentabilidade agrícola. Sendo assim, a substância também foi vetada em diversos países, inclusive União Europeia. Porém, o bloco europeu segue permitindo a exportação da substância para outros lugares. Em contrapartida, ativistas têm pedido uma mudança.

Em um cenário nacional, o Brasil enfrenta recentes surtos que vitimaram abelhas em diferentes regiões, todas elas devido ao fipronil. A substância foi sintetizada nos anos 80, sua patente já expirou e pode ser produzido por qualquer empresa.

Segundo levantamento da Folha, os exames mostraram que foi o fipronil que vitimou 100 milhões de abelhas no Mato Grosso, em junho, 80 milhões na Bahia e, em julho, e também, provocou, em janeiro, perdas em Minas Gerais. Ainda segundo os dados, a substância foi responsável pela morte de 50 milhões de abelhas em Santa Catarina, em 2017, e pelo surto que dizimou quase 500 milhões no Rio Grande sul, entre outubro de 2018 e março de 2019.

O fipronil é diferente e ainda mais letal que os demais agrotóxicos. A substância atua no sistema nervoso central dos insetos, provocando uma superexcitação nos músculos e nervos. É implacável como agente da morte aguda, explica Ricardo Orsi, professor de veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista), a Folha.

Para o especialista em zootecnia, Ricardo Orsi, é preciso discutir o assunto de forma intensiva, para evitar o uso irresponsável do agrotóxico. “Dada a realidade que vemos, não há segurança, e por mais difícil que seja, o Brasil, pela abrangência do seu agronegócio, precisa buscar substitutos e discutir a proibição do fipronil, afirmou em pronunciamento a Folha.

A empresa alemã Basf adquiriu o produto em nível global em 2003, e manteve a patente no Brasil até 2011. Porém até hoje seu nome é associado ao item. Procurada pela Folha, a empresa alegou que tem acompanhado o caso e que identifica o uso indevido da substância. Ainda segundo ela, em nenhum dos surtos recentes os produtos utilizados tinham sido produzidos ou comercializados pela Basf.

Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019

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