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Goiás assina “Plano Brasil sem Fome”, iniciativa é uma parceria entre Governo Federal, Estadual e Municipal

Por 11 meses atrás

Nesta terça-feira (31), durante a VII Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Goiás (VII Cesan), o Estado juntamente com a Prefeitura de Goiânia assinaram o termo de adesão ao ‘Plano Brasil sem Fome’, do governo federal. O evento contou com a presença do Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, do Governador do Estado, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos).

O encontro promoveu mais de 80 ações e programas que foram compilados para combater a insegurança alimentar no Brasil. Segundo o relatório Insegurança Alimentar e Covid-19 no Brasil – Insegurança Alimentar nos estados, cerca de 11, 9% da população goiana sofre com a fome. “O ‘Plano Brasil sem Fome’ em Goiás já começou. Sei dos esforços do governo do estado e dos municípios para com a sociedade. Desde janeiro estamos trabalhando em direções”, iniciou o ministro Wellington Dias em coletiva de imprensa.

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A primeira das direções apontadas pelo ministro é que Goiás irá adotar a transferência de renda. O ministro afirma que irá autorizar um repasse de R$ 5,8 bilhões de reais em programas como o Bolsa Família e o BPC (Benefício da Prestação Continuada). Um outro ponto será o trabalho na complementação alimentar. Para isso, o Ministro afirma que foram liberados dois projetos que irão gerar um investimento em média de R$ 45 milhões.

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O investimento será de R$ 18,8 milhões em recursos para Goiás, por meio do programa de aquisição de alimentos, e R$ 26,6 milhões para o fomento rural com o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Para a Capital goiana, o investimento será de 4,8 milhões. “O objetivo é a produção de alimentos e garantir que a gente tenha uma integração de programas que o estado e município já tenham. Um outro caminho é também trabalhar para retirar essas pessoas da pobreza”, explicou Wellington.

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Nós vamos estar trabalhando, integrando nossos programas com os programas aqui do Goiás, seja voltado para o combate à fome, seja para a pessoa poder crescer na sua renda, fruto de um trabalho, de um emprego ou de algum empreendimento.

Ministro Wellington Dias

População de rua

Segundo dados do Cadastro Único, em junho de 2020 havia, ao todo, 2.575 pessoas em situação de rua no estado de Goiás. Para reverter a situação de fome desta população o Ministro Dias afirma que existe um projeto com data prevista ainda para este ano. “Na verdade, já estávamos com o projeto em andamento. Porém, veio uma decisão do Supremo e tivemos que cumprir regras que ali estavam estabelecidas”, explicou o Ministro sobre o atraso para o auxilio.

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“São várias situações. É claro que temos problemas mais complexos, estamos trabalhando na ideia do aluguel social. Também temos situações de pessoas que já estão na dependência química ou o problema de saúde mental que precisa ser cuidado seguindo a ciência na área certa. Então, esse caminho não tem jeito, nós vamos ter que estar de mãos dadas: municípios, estado, governo federal e a sociedade. Porque é desafiador”, conclui Wellington.

Estado de Goiás

O Governador Ronaldo Caiado afirma que o estado tem implantado projetos que são bem à frente no sentido de poder dar às pessoas e educação de qualidade e melhorias sociais. “Eu acho que entre todas essas ações não existe uma melhor do que a outra. Nós temos que entender que este é um combate do governo federal, estadual e municipal. Para nós, temos o objetivo final, que é melhorar a qualidade de vida das pessoas”, pontuou Caiado.

Dentre os benefícios em parceria com o governo federal, o Governador destaca: “Nós implantamos aqui o programa Dignidade, aonde a pessoa recebe R$ 300 até ela poder organizar a sua aposentadoria ou chegar à idade do benefício continuado. Estamos implantando o aluguel social, como colocou o senhor Ministro e essas ações são todas em parceria”.

Goiânia

Para o prefeito Rogério Cruz é importante que Goiânia esteja no foco do governo federal, que apoia o trabalho de assistência social do município. Durante pronunciamento a imprensa, o prefeito ressaltou as medidas adotadas no combate à fome, incluindo a criação dos maiores programas de transferência de renda da história da Capital, o Renda Família e o Renda Família + Mulher.

“Não queremos ver nenhuma pessoa passando fome, o alimento tem que chegar à mesa das famílias. As pessoas não precisam ir até a sede, elas podem ir até o Cras e pegar a bolsa de alimentos. Também demos sequência ao programa da horta alimentar, levando para escolas e Cmeis”, completou.

Principais metas do ‘Plano Brasil sem Fome’:

– Tirar o Brasil do mapa da fome até 2030, reduzindo a pobreza e a insegurança alimentar;
– Incentivo à capacitação profissional e inclusão produtiva;
– Mais de 100 metas para garantir redução da pobreza, alimentação adequada e mobilização social;
– Reforço da produção, com incentivos para a agricultura familiar e fomento rural;
– Mobilização da sociedade em torno do combate à fome;
– Identificar e monitorar a população afetada pela fome, a iniciativa vai usar dados do Mapeamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (Mapa/InSAN), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Protocolo Brasil Sem Fome;
– Parcerias e cooperações com estados, municípios, entes federativos e movimentos.

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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019