07 de agosto de 2024
Detido

Goiano é preso na Indonésia por portar maconha; família alega uso medicinal

Jovem está detido desde o último dia 28; Itamaraty informou que está acompanhando o caso
(Foto: Ngurah Rai Airport Police/Divulgação)
(Foto: Ngurah Rai Airport Police/Divulgação)

O estudante de medicina natural de Rio Verde (GO), Alberto Sampaio Gressler, de 25 anos, foi detido depois de ser encontrado portando gramas de maconha em Bali, na Indonésia. Segundo o site Indonesia Expat, o goiano foi detido ao chegar no aeroporto local, depois de “policiais ficarem desconfiados dos itens na sua bolsa” em uma avaliação de raio-x. O caso foi registrado no dia 28 de junho, mas somente divulgado à imprensa na noite da última terça-feira (5). Família do jovem alega uso medicinal da substância.

Segundo foi divulgado, dentro da bagagem, quatro pacotes com “folhas e sementes” foram encontrados, sendo encaminhados para análise, que identificaram a planta, que é proibida na Indonésia. “Quatro embalagens de maconha foram confiscadas, com um peso total de 9,1 gramas”, afirmou a polícia ao jornal indonésio SindoNews. 

Uso medicinal 

Ao portal UOL, a família de Alberto afirmou que o estudante de medicina, que também é membro da associação Abrace Esperança, faz uso de maconha para tratar transtornos como ansiedade, depressão e TDAH. De acordo com os familiares, Alberto teria comprado a planta legalmente e por meio de receitas médicas na Tailândia durante uma viagem de férias para a Ásia.

Ainda segundo a família, a quantidade apreendida com o jovem era menor do que o relatado pela imprensa da Indonésia. “Alberto é paciente de cannabis no Brasil. Ele tem prescrição médica e conseguiu comprar o total de 2,8 gramas na Tailândia. A imprensa da Indonésia levou em consideração o valor bruto, e não o valor líquido, dos pacotes comprados legalmente na Tailândia. No depoimento dele, dado na imigração, a polícia da imigração deixou claro que o valor líquido das plantas in natura era de 2,8 gramas”, afirmou o cunhado de Alberto, Antônio Rocha Lemes. “Isso aconteceu por uma desatenção dele. Ele não sabia que na Indonésia a planta não podia entrar. Isso é um medicamento”, acrescentou, em entrevista ao UOL. 

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Itamaraty

A família de Alberto também informou, em entrevista, que o Itamaraty e o consulado brasileiro na Indonésia designou um advogado, que está lidando com o caso. Segundo os familiares, o jovem ainda está detido no aeroporto desde o dia 28 e vive em condições precárias. “O secretariado consular nos diz que é uma situação bastante precária, que ele não tinha nem colchão para ele dormir, o advogado precisou comprar colchão, umas roupas, porque tudo dele foi confiscado, inclusive dinheiro, então ele vive basicamente de pão e água”, descreveu.

Em nota enviada ao UOL, o Itamaraty afirmou que acompanha a situação e “presta toda a assistência ao nacional” junto à embaixada em Jacarta.


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