23 de dezembro de 2024
Eleições 2022 • atualizado em 30/05/2022 às 20:21

Goiano e candidato à presidência da República, Marçal defende rever Constituição

Pablo afirma que se a Constituição não for revista “ninguém vai dar um passo” sem ser barrado pelo STF
Pablo Marçal em palestra de lançamento de sua pré-candidatura. Foto: Reprodução/Instagram
Pablo Marçal em palestra de lançamento de sua pré-candidatura. Foto: Reprodução/Instagram

O pré-candidato à presidência, Pablo Marçal (PROS), também conhecido como um dos maiores nomes do marketing digital do país, afirmou em palestra que defende a revisão e diminuição da Constituição Federal. 

De acordo com o pré-candidato, a Constituição brasileira é “super inchada, gigantesca” e “a gente tem que enxugar ela, se não ninguém vai dar um passo sem tomar um Adin”, disse, se referindo ao Ação Direta de Inconstitucionalidade, um mecanismo que garante que as leis propostas estejam em consonância com a Constituição, ato analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Pablo ainda citou que o Supremo não julga leis infraconstitucionais e que isso é um dos motivos para que tenham tantas propostas de emendas constitucionais paradas e barradas pela Suprema Corte. “A Constituição Federal tem 250 artigos e mais de 3600 propostas de emendas constitucionais”, disse, se referindo à proporção de emendas constitucionais e artigos da Constituição.

Marçal afirmou que tem “maior respeito pela Corte Suprema”, mencionando os ministros do STF. Em resposta a um seguidor que culpou o STF pelo não cumprimento das promessas do Governo Bolsonaro, Marçal deu uma resposta incisiva. “Ninguém precisa concordar com o STF, mas ninguém precisa desrespeitar, principalmente na cadeira de Presidente do Brasil”, ressaltou, fazendo alusão ao atual presidente. 

Ao explicar ao público como a política no país funciona e os motivos para querer diminuir a Constituição, acrescentou, “Qualquer ato inconstitucional, qualquer pessoa, qualquer liderança da Ordem dos Advogados do Brasil, partido político ou liderança parlamentar chega com o Adin e fala que não é constitucional, e aí um já está brigando com o outro. Aí você briga com o defensor da Constituição, o que vai acontecer? Trava aquilo que você tá fazendo, não adianta”. 

O pré-candidato concluiu que isso não é uma promessa para ser desenvolvida em 4 anos de mandato, mas que precisa ser discutida nos próximos 10 anos. “Eu, na cadeira política ou não, eu quero uma Constituição menor”, afirmou.

Luana Cardoso é estagiária pelo convênio do Diário de Goiás com a UFG (Universidade Federal de Goiás) sob supervisão de Domingos Ketelbey.


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