No comando do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Goiânia (GoiâniaPrev) há quase um ano, o presidente Carlos Alberto Branco Antunes Júnior (MDB) faz balanço positivo de sua gestão à frente do órgão. Em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás, ele destaca que o instituto vai atingir ainda em maio, a receita financeira de R$ 1 bilhão em caixa.
“Assim que pegamos tinha R$ 840 mi em caixa. Devido aos ajustes, conseguimos crescer uma taxa de 2% ao mês chegando agora a 1bi em caixa”, pontuou. Ele acredita que isso dará segurança não só ao servidor da Prefeitura e ao aposentado, como também a toda a população de Goiânia.
Afinal de contas, cabe ao Poder Municipal garantir o salário dos beneficiários. E na falta de recursos, pode ser necessário retirar investimentos de outros setores como saneamento básico e coleta de lixo. “Não é o caso do GoiâniaPrev devido a reforma que o prefeito Iris fez livrou o órgão de um déficit de mais de 20 milhões”, destacou.
Carlos Alberto: O Goiânia Prev temos o cálculo atuarial e a situação financeira. São processos distintos sob as óticas que você olha o Goiânia Prev. No cálculo atuarial estamos fazendo vários ajustes e diminuiu bastante para em torno de 18 bi para 11 bi. E no aspecto financeiro, o GoiâniaPrev está com superávit mensal, algo em torno de R$ 3 a R$ 6 milhões de superávit mensal. Isso na parte financeira. Esse resultado foi devido ao prefeito ter regularizado as 35 áreas que foram dadas pelo ex-prefeito Iris Rezende, em 2018 que não haviam sido escrituradas pelo Goiânia Prev. 14 foram escrituradas agora na gestão do Rogério Cruz.
AT: E assim vira patrimônio?
Carlos Alberto: E assim vira patrimônio imobilizado. Agora vamos discutir com o conselho do GoiâniaPrev o que vamos fazer com essas áreas porque elas tem que começar a monetizar para gerar recursos. A boa notícia que tenho de dar a todos os servidores da Prefeitura de Goiânia e a população em geral é que este mês chega com recursos financeiros a 1 bi em caixa. Assim que pegamos tinha R$ 840 mi em caixa. Devido aos ajustes, conseguimos crescer uma taxa de 2% ao mês chegando agora a 1bi em caixa.
AT: Essas áreas podem virar empreendimentos?
Carlos Alberto: Essa áreas tem de ser trabalhadas e podem ter incorporações nelas por meio de fundos com parcerias com a iniciativa privada. Se o conselho também entender, pode ser monetizado através de um leilão que é levado ao mercado, se apura o dinheiro e joga-se no mercado financeiro.
AT: Onde estão as áreas? Qual a estimativa de valor delas?
Carlos Alberto: São grandes áreas valorizadas. Áreas no Jardim Goiás, no Parque Lozandes, no Mariliza, em volta do Autódromo de Goiânia, no Forteville, no Estrela D’alva. São áreas que quando foram dadas em 2018 estava R$ 680 milhões a avaliação dela. Acreditamos e estamos fazendo uma nova avaliação agora mas que provavelmente agora com esses cinco anos está para mais de R$ 1 bi de patrimônio ao GoiâniaPrev.
AT: Esses 1 bilhão em caixa, garante segurança ao Instituto?
Carlos Alberto: Nós temos que falar o seguinte: todo o patrimônio que o Goiânia Prev tem é garantidor. Hoje entre receita e despesa, o GoiâniaPrev está equilibrado com o superávit. Hoje o que arrecadamos, tanto da Prefeitura com a parte patronal como dos servidores, cobre todos os gastos do GoiâniaPrev. Hoje também temos um repasse da dívida ativa que foi dada pelo prefeito Iris Rezende até o ano de 2092 para poder fazer a equalização do cálculo atuarial. Isso tem que ser bem explicado: não foi para pagar dívida e sim para fazer a autorização do cálculo atuarial até 2092 que foi o repasse da dívida ativa do município que estava sendo paga a 70% e que o prefeito Rogério Cruz fez o que a lei estava escrito e tá pagando 70% e houve essa equalização da receita e despesa.
AT: Qual o percentual da Prefeitura de Goiânia considerando servidores aposentados e que estão na ativa?
Carlos Alberto: É pequena comparando a outras capitais e com outras cidades do porte de Goiânia é pequena. Hoje temos em torno entre pensionistas e aposentados algo em torno de 11 mil. Temos também algo em torno de 30 a 35 mil funcionários na ativa.
AT: Isso dá certa tranquilidade para os servidores como para a gestão municipal?
Carlos Alberto: Isso dá porque temos que ressaltar que em questão de Previdência algumas pessoas falam que isso não tem nada a ver com a população geral. Uma RPS deficitária, a prefeitura que é garantidora dos fundos e dos vencimentos dos servidores ela tem de tirar dinheiro do caixa, da iluminação, do asfalto, da coleta de lixo e pagar o salário dos servidores inativos. Não é o caso do GoiâniaPrev devido a reforma que o prefeito Iris Rezende fez livrou o órgão de um déficit de mais de 20 milhões.