Teste para diagnóstico da Covid-19 em Goiânia. (Foto: SMS)
A Secretaria de Saúde de Goiânia observa uma crescente no número de casos de covid-19 nas últimas semanas, mas não contempla novas restrições. Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica, Grécia Pessoni, a pandemia já trouxe lições de que os cuidados individuais, neste momento, são mais importantes.
À Rádio Bandeirantes Goiânia, ela destacou que o contágio está presente muito mais nas reuniões que ocorrem em residências que na movimentação de comércio, bares e restaurantes.
“Nesse momento, o mais importante são medidas individuais. Que as pessoas se cuidem, usem máscaras, evitem a exposição. Depois de tudo que aprendemos, não é sair fechado. Vimos que, em muitas situações, com comércio fechado, eventos proibidos, as pessoas continuaram se reunindo em casa, em grupos pequenos. Essas reuniões favorecem a transmissão, pois as pessoas estão mais próximas e não utilizam máscaras”, avalia.
Pessoni admite que a positividade nos testes de covid-19 cresceu recentemente. “Percebemos um aumento da positividade nas últimas duas semanas, muito em virtude das festas de fim de ano. Quase um mês antes as pessoas começaram a fazer confraternizações e há descuidos”, destacou.
A circulação mais forte do vírus causou surtos na Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e no Procon. O próprio prefeito Rogério Cruz também testou positivo para o coronavírus.
A procura por testes é grande. Por isso, a prefeitura promete ampliar a testagem para diagnóstico da covid-19. Agora, serão dois dias locais por dia pelos próximos 15 dias. Os locais serão divulgados diariamente.
A SMS também confirmou uma crescente no número de casos de gripe e dengue. A cepa H3N2 do vírus influenza já infectou pelo menos 50 goianienses. “Claro que há muito mais que isso, mas fazemos por amostragem. Os testes são feitos para fins de vigilância”, explica a diretora.
Com uma epidemia de gripe, a busca pela vacina aumentou, mas ainda há muitas doses disponíveis. “Temos cerca de 100 mil doses para atender a população. Claro que não vamos atender a população toda, com mais de 1 milhão de habitantes”, destaca Pessoni.