09 de agosto de 2024
Economia • atualizado em 10/02/2023 às 14:26

Goiânia derruba arrecadação do ICMS no primeiro ano de 2023; Aparecida e Anápolis tiveram aumento

Na capital, houve redução de 24,99%, na comparação entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023
(Foto: Prefeitura de Goiânia)
(Foto: Prefeitura de Goiânia)

Entre as 5 cidades mais populosas do estado de Goiás, Goiânia foi a que apresentou a maior queda na arrecadação própria do governo estadual, segundo dados acessados pelo Diário de Goiás na Secretaria da Economia. Na capital, houve redução de 24,99%, na comparação entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023. Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde, e Águas Lindas de Goiás apresentaram aumento da arrecadação. No geral, Goiás teve perda de 6,12% na arrecadação total

A arrecadação estadual de janeiro de 2022 foi de R$ 2.594,81 milhões sendo que, no mesmo período de 2023, o valor foi  para R$ 2.436,19 milhões. Somente em relação a arrecadação por receita do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o valor que no ano passado chegou a R$ 2.178,67 milhões, atingiu apenas R$ 1.943,34 milhões no mesmo período deste ano. A redução foi de 10,80%. 

De acordo com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), com a fixação da alíquota do ICMS em 17%, estabelecida pelo governo federal, o estado perderá mensalmente cerca de R$ 450 milhões. Desta forma, no acumulado, a perda de receita estimada seria de R$ 8 bilhões no ano de 2023

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Entre as atividades econômicas, as que apresentaram maior queda em relação a arrecadação do ano passado foram o setores de energia elétrica, com redução de 59,97%, de comunicação, com 45,75%, de combustíveis, com 39% e de extração mineral e fóssil, com queda de 21,40%. 

ARRECADAÇÃO PRÓPRIA DO GOVERNO DE GOIÁS POR SEGMENTO

Atividade econômicaValor arrecadado jan/2023Valor arrecadado jan/2022Variação
Indústria513.609.378,86492.114.687,084,37%
Com. Atacadista e Distribuidor465.669.943,48409.370.480,8413,75%
Com. Varejista400.468.702,00365.204.393,739,66%
Combustível372.710.851,12610.981.840,78-39,00%
Energia Elétrica100.023.662,53249.864.055,50-59,97%
Prod. Agropecuária86.429.657,2874.978.000,5315,27%
Prestação de Serviços77.525.469,4754.041.281,0543,46%
Comunicação40.341.041,2174.356.111,14-45,75%
Extra. Mineral ou Fóssil12.087.329,5315.378.484,13-21,40%
Outras Atividades Econ.367.325.248,43248.579.088,5747,77%
Total:2.436.191.283,912.594.868.423,35-6,12%

(Fonte: Secretaria da Economia)

Arrecadação nos municípios

Em Goiânia, a redução foi de 24,99%, na comparação entre janeiro de 2022 e 2023. O valor foi de R$ 645,52 milhões para R$ 484,20 milhões. A maior queda foi no setor de energia elétrica (-60,44%), de combustíveis (54,70%), além do setor de comunicação (-52,43%).

Em Aparecida, a segunda cidade mais populosa do estado, o aumento foi de 14,87%, indo de R$ 141,18 mi para R$ 162,17. O único setor que apresentou queda foi a indústria, com redução de 1,62%. Os demais setores não só tiveram alta, mas apresentaram um grande crescimento. O setor de comunicação teve aumento de 2127,71%, agropecuária teve crescimento de 104,90% e outras atividades também tiveram alta de 330,56%.

Anápolis também teve aumento de 19,67% na arrecadação. A receita de janeiro de 2022 foi de R$ 121,99 milhões para R$ 145,99 milhões, em 2023. Houve queda no setor agropecuário (-65,23%) e na comunicação (-10,84%), entretanto, os setores de atacadista e distribuidor, combustível e indústria tiveram aumento de (44,63%), (19,91%) e (14,45%), respectivamente. 

Rio Verde, a quarta cidade mais populosa, teve aumento de 10,23% em relação ao ano passado. O valor arrecadado foi de R$ 71,67 milhões para R$ 79 milhões, este ano. Os setores de combustível, energia elétrica e agropecuária tiveram redução significativa, (-81%), (-96,35%) e (-49,03%). O destaque positivo foi para o setor de comunicação, que teve aumento de 142,50% e prestação de serviços, com 44,69%.

Assim como Goiânia, Águas Lindas de Goiás, a quinta cidade mais populosa, teve redução de 2,67%. Foi de R$ 6,81 milhões para R$ 6,63 milhões em 2023. O maior impacto foi no setor de comunicação, com queda de – 82,17%, seguido de outras atividades econômicas (-62,94%) e do setor atacadista ( -7,74%). Os demais setores tiveram aumento. 


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