O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau de Morais seguirá preso após decisão da Justiça. A prisão, determinada pela Comarca de Abadiânia na manhã desta sexta-feira (8), foi mantida após audiência de custódia durante a tarde.
O Ministério Público de Goiás pediu que fosse mantida a prisão preventiva e afirmou que há materialidade e autoria dos crimes. Segundo o MPGO, a manutenção da reclusão é necessária em nome da ordem pública e aplicação da lei penal.
A ordem para prender o médico desta vez partiu de um outro inquérito. Quatro vítimas declararam que também foram abusadas por Morais, o que levou a Justiça a abrir uma nova investigação e determinar a prisão.
Em Anápolis há outro inquérito em andamento, que apura as denúncias de mais de 50 vítimas.
O ginecologista foi preso na semana passada pela primeira vez, após a deflagração da Operação Sex Fraud. A ação policial levou em conta relatos de vítimas do médico em Anápolis. Depois da prisão dele, dezenas de mulheres procuraram a delegacia para denunciá-lo.
Ele, porém, foi solto na última segunda-feira (4), por decisão da Justiça. O juiz que analisou o caso considerou que Morais é réu primário e sua liberdade não acarretaria riscos à investigação. Na quarta-feira (6), foi negado um recurso do MPGO para que o ginecologista voltasse à prisão.
Morais é investigado por crimes de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) decidiu nesta semana pela interdição do ginecologista. A decisão foi tomada pela diretoria e comunicada a ele na quarta-feira. Com isso, ele está proibido de exercer a profissão em todo o país.
A interdição dura por seis meses e é prorrogável por igual período. O Cremego também mantém uma investigação contra ele. A apuração está sob sigilo.