21 de novembro de 2024
Sem repasses

Fundahc informa que Saúde de Goiânia não realizou pagamento dos salários de setembro

A SMS garantiu que tem feito regularmente os repasses federais para as unidades de saúde, porém a Fundahc informa que nenhum valor foi transferido
A Maternidade Célia Câmara é uma das instituições afetadas pela falta de pagamento da Prefeitura.(Foto: Divulgação).
A Maternidade Célia Câmara é uma das instituições afetadas pela falta de pagamento da Prefeitura.(Foto: Divulgação).

Em nota oficial, a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG) informou nesta quarta-feira (9), que diferente do informado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), não houve repasse para a fundação e o pagamento dos salários de setembro e outros direitos dos trabalhadores seguem em atraso.

Vale lembrar que o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou o bloqueio de recursos da administração municipal para garantir os repasses. E a SMS garantiu que tem feito regularmente os repasses federais para as unidades de saúde e que busca soluções para o complemento realizado com recursos do Tesouro Municipal.

Segundo a pasta, novos repasses foram realizados nesta terça-feira (8), e devem entrar nas contas da Fundahc e dos hospitais filantrópicos nesta quarta (9). Porém, a Gerência Financeira da fundação rebate alegando que monitorou as contas até 11h30, desta quarta-feira, 9, e nenhum valor foi transferido para a Fundahc/UFG.

A diretoria executiva da fundação também afirmou que continua atuando incansavelmente e cobrando os valores devidos pela Prefeitura de Goiânia. Assim que o recurso for recebido pela Fundahc/UFG, os colaboradores serão pagos imediatamente.

Colapso nas maternidades

Como informado pelo Diário de Goiás, no último mês, a falta de pagamento gerou uma nova suspensão no atendimento das maternidades. Apenas urgências e emergências foram mantidas. No período, o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) disse que não se tratava de um problema novo, mas algo que “vem de gestões passadas”, frisou o gestor, durante o período de campanha eleitoral. O problema persiste desde o ano passado.

Em nota, a Fundahc disse que o valor da dívida atual é de cerca de R$ 95 milhões. “Esse cenário gerou um acúmulo de dívidas com fornecedores e prestadores de serviços e impossibilitou a manutenção de condições mínimas de funcionamento nas maternidades”, informou.

Segundo a reportagem do O Popular, o bloqueio, voltado à aplicação financeira ou depósito bancário nas contas vinculadas ao Fundo Municipal de Saúde da Prefeitura de Goiânia, visa garantir o repasse referente ao mês de agosto de 2024. A decisão ocorreu após pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), que sugeriu o bloqueio de até R$6.895.584,93.

A decisão da juíza Raquel Rocha Lemos autorizou a emissão dos seguintes alvarás de transferência para as contas bancárias nos seguintes valores:

  • R$ 4.480.923, mais rendimentos, que deverão ser diretamente transferidos para a conta bancária do Hospital e Maternidade Dona Iris;
  • R$ 655.835, mais rendimentos, que deverão ser diretamente transferidos para a conta bancária da Maternidade Nascer Cidadão;
  • R$ 1.758.826,33, mais rendimentos, que deverão ser diretamente transferidos para a conta bancária do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.

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