Uma nova reunião entre o Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos de Goiás e o governo estadual está marcada para a manhã desta sexta-feira (4) para discutir recomposição salarial e o pagamento de data-base.
O fórum, que reúne as entidades sindicais que representam as diversas categorias que atuam no serviço público estadual, recusou uma proposta de 5,5% apresentada pelo secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, no último dia 23 de fevereiro.
Esta será a terceira reunião entre as partes para tratar do tema. A primeira foi no dia 18 de fevereiro, quando os servidores pediram reajuste de 25,53%. A recomposição, alega o fórum, pagaria os valores defasados referentes ao governo de Ronaldo Caiado.
Já na primeira reunião Rocha Lima destacou que não seria possível uma recomposição como a pedida pelos servidores. Porém, o grupo disse que aceitaria reduzir a pedida.
Em nota, o governo de Goiás disse que discute “de forma aberta e transparente o índice de reajuste salarial”. O Palácio das Esmeraldas diz ainda que “a negociação está sendo feita considerando a situação fiscal do Estado e as limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Eleitoral e pelo Regime de Recuperação Fiscal”.
As forças de segurança pública de Goiás já confirmaram presença na manifestação nacional da categoria, na próxima terça-feira (8).
“Houve frustração muito grande por parte de todas as categorias e isso reflete na vida de todos os servidores que estão desiludidos”, destacou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos PM & BM do Estado de Goiás (Assego), Paulo Sérgio de Souza.
O presidente diz que houve falta de sensibilidade do governo na apresentação da proposta, face a todo o contexto que os servidores, em especial os militares, vivem.
“Nós encaramos como uma falta de sensibilidade muito grande por parte do governo em reconhecer a necessidade de fazer a aplicação dessa justa e merecida reposição salarial, em alguns momentos o governo chegou a anunciar que não daria, a gente fica satisfeito pelo fato de ter retomado as negociações mas ao mesmo tempo ficamos muito frustrados e de certa forma, decepcionados pelo fato do governo ter tido a coragem, eu diria, de fazer essa proposta de fazer apenas em 5,5%”, explicou.