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Força Nacional vai ajudar a elucidar crimes em Goiás

A Força Nacional de Segurança (FNS) vai atuar nos próximos três meses no auxílio à elucidação de crimes no Estado de Goiás, segundo revelou reportagem do Jornal O Popular desta quinta-feira (4), assinada por Cleomar Almeida. 

A solicitação, feita pelo governo do Estado em meio a onda de assassinatos de pessoas em situação de rua, foi atendida pelo Ministério da Justiça.

Veja a reportagem completa, disponível no site do Jornal, para assinantes:

Violência

Força Nacional agirá em Goiânia

Ministério da Justiça determinou envio de equipes para elucidar homicídios na região metropolitana
Cleomar Almeida
04 de julho de 2013 (quinta-feira)

A Força Nacional de Segurança Pública (FNS) vai atuar em Goiás durante os próximos três meses, para acelerar a elucidação de crimes de homicídios cometidos principalmente em Goiânia e na região metropolitana da capital. A atuação do efetivo do governo federal no Estado teve autorização do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em resposta a um pedido feito, em fevereiro, pelo governador Marconi Perillo.

A autorização ocorreu por meio da Portaria nº 2.437, publicada, na última terça-feira, no Diário Oficial da União (DOU). O número de policiais a ser disponibilizado pelo Ministério da Justiça (MJ) ainda não foi definido, mas seguirá o planejamento traçado pelos envolvidos na operação. O Estado deve fornecer, durante a vigência da portaria, todo o apoio logístico e a permissão de acesso aos sistemas de informações e ocorrências no âmbito da segurança pública.

O superintendente de Políticas de Segurança Pública da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Edilson de Brito, redigiu o pedido encaminhado ao MJ. Ele disse que, na época, solicitou dez equipes da Força Nacional, cada uma com um delegado, um escrivão e dois agentes de polícia, para trabalhar com a Polícia Judiciária do Estado.

A solicitação foi enviada no mês em que ainda estava em alta a onda de assassinatos contra moradores de rua em Goiânia e na região metropolitana da capital. Além disso, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República já se movimentava para pedir ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que recorresse ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o objetivo de federalizar a investigação de crimes no Estado.

Mas Edilson de Brito, na época superintendente de Direitos Humanos da SSPJ, afirmou, ao POPULAR, que não fez nenhum pedido de reforço para as investigações de homicídios de moradores de rua. “Entendemos que, no caso específico dos moradores de rua, havia elucidação expressiva. Em momento algum, citei que era para investigar homicídios de moradores de rua”, frisou o policial.

META 2

O secretário de Segurança Pública e Justiça do Estado, Joaquim Mesquita, disse que a parceria visa atingir a Meta 2 da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Essa é uma das bandeiras de combate à impunidade no País.

Edilson alegou também que a busca da Força Nacional serve para destacar uma “forma de interação” entre as polícias. “As polícias deveriam interagir muito mais que interagem. Uma polícia daqui pode agir em outro Estado, em caso cirúrgico”, pontuou ele, ressaltando que cabe à Diretoria-Geral da Polícia Civil e à Superintendência da Polícia Judiciária do Estado a definição de estratégias, para aproveitar, da melhor forma possível, o efetivo da FNS.

O delegado-geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, e o superintendente da Polícia Judiciária de Goiás, Deusni Aparecido Silva Filho, ainda não tiveram nenhuma reunião para definir as estratégias de atuação. Gorski antecipou, entretanto, que os homens da FNS possivelmente devem ser deslocados para “investigação de casos mais complexos e que demandam mais tempo de apuração.”

Sem dizer com exatidão a quantidade de assassinatos no Estado ainda sem autoria identificada, Gorski afirmou que Goiás “tem um passivo bem grande de homicídios não esclarecidos.” “Foi-se deixando os inquéritos por falta de gente para investigar”, acentuou o delegado-geral, acrescentando que a Delegacia Estadual de Homicídios possui nove cartórios de homicídios, mas já houve situação em que atuou com apenas quatro cartórios e delegados.

O delegado-geral da Polícia Civil adiantou, ainda, que a Força Nacional não será usada para investigação de policiais militares presos, suspeitos de atuar em grupo de extermínio, em Goianira, na região metropolitana de Goiânia. Segundo Gorski, o delegado Alexandre Lourenço, titular do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco), já está concluindo o inquérito sobre o caso de Goianira, revelados a partir da Operação Resgate, da Polícia Civil.

O superintendente da Polícia Judiciária admitiu, por sua vez, que a necessidade do Estado é grande. “A ajuda seria bem-vinda em todas as áreas de investigação”, afirmou.
Gorski afirmou que nos 246 municípios goianos há cerca de 3 mil policiais civis, entre os quais 330 delegados. Mas, de acordo com ele, pelo menos 150 profissionais da corporação vão se aposentar este ano. Os policiais da Força Nacional poderão ficar mais de três meses no Estado, se houver necessidade.”

Wellington Borges

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