22 de novembro de 2024
Reação ao levante

Flávio Dino diz que “impatriotas” querem fazer “guerra” em Brasília

Ministro da Justiça fala em reação ao possível 'levante dos manés' organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Flávio Dino, ministro da Justiça (Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil)
Flávio Dino, ministro da Justiça (Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil)

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PCdoB-MA), chamou neste sábado (07/01) os manifestantes bolsonaristas que pretendem ir à Brasília neste final de semana de ‘impatriotas’. Ele também disse que passou orientações ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro e ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sobre a eventual ‘guerra’ que os militantes tentam emplacar.

Ele também mencionou que conversou com diretores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal para definir ‘providências’ em casos de atos antidemocráticos que possam configurar ‘crimes federais’. Veja a sequência das publicações:

Bolsonaristas organizam atos em Brasília para ‘levante dos manés’

Extremistas que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prometem ir à Brasília neste final de semana em mais um ato que contesta o resultado das eleições de outubro. Nos grupos bolsonaristas de aplicativos como WhatsApp e Telegram fala-se em ‘tomada de poder’ pelo povo entre os dias 7 e 8 de janeiro, no Congresso Nacional.

Outro card compartilhado nos grupos convocava os bolsonaristas para o “Levante dos Manés” que começaria neste sábado (7) e não teria ‘data para terminar’. A mensagem fazia referência a frase que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso disse a um manifestante quando esteve em Nova Iorque.

Nos grupos de Whatsapp de Goiânia, já há a movimentação para a ida a Brasília, no sentido de organizar caronas em carros particulares e até vans. Eles também tentam conquistar a adesão dos caminhoneiros para dar força aos atos.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Goiás (Sinditac-GO), Vantuir Rodrigues, ao Diário de Goiás disse que não há motivos para caminhoneiros autônomos participarem de atos. “Os caminhoneiros que por ventura estejam participando estão à serviço de produtores do agro que não estão satisfeitos com o resultado das eleições”, explicou.

Ele disse que assim como outras lideranças de caminhoneiros, ele esteve em Brasília, durante os trabalhos de transição recebido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e por Aloizio Mercadante apresentando demandas que já haviam sido solicitadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Queremos a revisão da tabela do frete e melhores condições para renovação da nossa frota. Acesso a crédito que as empresas têm, por exemplo. Fomos bem recebidos e o diálogo até o momento tem sido melhor do que a gestão anterior”, destaca Vantuir.

Rodrigues explica que como em qualquer outro setor há muitos bolsonaristas entre os caminhoneiros. “É claro que existem pessoas que apoiam o ex-presidente. Eu diria que não chega a 30%”, pontuou. “Mas os que ficam nesse discurso golpista não são autônomos. São caminhoneiros ligados a empresas do agro que insistem em não aceitar o resultado das eleições. Trabalhador autônomo está na rua fazendo transporte de carga”, pontua.


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