O terceiro adiamento do julgamento dos réus do caso Valério Luiz deixou a família da vítima novamente frustrada. O advogado Valério Filho não escondeu o sentimento de decepção com mais uma dilatação de prazo, agora de 45 dias, por conta na troca da defesa de Maurício Sampaio, apontado como mandante do crime.
Ao DG, o filho de Valério relatou frustração, embora já esperasse uma movimentação protelatória por parte da defesa. Ele classificou a saída de Ney Moura Teles, advogado de Sampaio desde o início das investigações, em 2012, como uma “manobra desesperada”.
“É realmente muito frustrante. Já são 10 anos tentando marcar esse julgamento, mas não é uma surpresa. Lidamos com todo tipo de manobra para atrasar o processo. Essa foi mais uma delas. Uma manobra desesperada. O advogado abandonou o processo às vésperas do julgamento, numa atitude lamentável e antiprofissional na minha visão. A gente espera que, no dia 2 de maio, não aconteça mais nenhuma manobra dessa, e é o que o doutor Lourival (Machado da Costa, juiz da causa) nos prometeu, que não vai acontecer de novo e que qualquer tentativa nesse sentido vai receber uma reprimenda pesada”, destacou.
Sampaio não mais poderá trocar de advogado antes do novo júri, marcado agora para 2 de maio. Porém, os demais réus ainda teriam esta prerrogativa. No entanto, Valério Filho espera que os advogados Ricardo Naves e Thales Jayme, que representam outros acusados, não deixem o caso às vésperas do júri.
“Deixo um alerta para a sociedade goiana. São advogados conhecidos e faço um apelo para que não incorram nessa conduta antiprofissional, que podem causar até sanções perante a OAB”, afirmou.
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