05 de dezembro de 2025
AGRESSÃO

Filha de Fachin, próximo presidente do STF, é alvo de agressões verbais e físicas de bolsonarista no Paraná

Professora Melina Fachin foi xingada e levou cuspida de bolsonarista; UFPR analisa caso e violência é atribuída ao discurso de ódio político
Melina Girardi Fachin, filha de ministro do STF, foi agredida por bolsonarista no PR - Foto reprodução redes sociais
Melina Girardi Fachin, filha de ministro do STF, foi agredida por bolsonarista no PR - Foto reprodução redes sociais

Um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) xingou e cuspiu na professora Melina Girardi Fachin, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que assumirá a presidência do Supremo no dia 29. A agressão foi em Curitiba (PR) próximo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde Melina é diretora da Faculdade de Direito.

Conforme divulgou a revista IstoÉ nesta segunda-feira (15) a UFPR informou que analisa a agressão sofrida por Melina Fachin. 12. “[A situação] Será debatida em reunião do Conselho de Planejamento e Administração (COPLAD) da universidade na próxima terça-feira, 16”.

Ofensas e agressão física na saída da universidade

Marcos Gonçalves, marido da docente, publicou manifestação de profunda contrariedade citando que um homem branco não identificado se aproximou da professora, a xingou de “lixo comunista” e cuspiu nela.

Segundo o relato, Melina deixava a universidade no final da manhã de sexta-feira (12), caminhando pela praça Santos Andrade. O desconhecido se aproximou e agrediu a professora. “Este não é um caso isolado de violência física e política, nem tampouco um caso isolado de violência contra a mulher”, desabafou Gonçalves.

Discurso de ódio levou Melina Fachin a ser agredida, afirma marido

O marido classificou ainda a violência sofrida por Melina como fruto do discurso de ódio e relembrou outro acontecido na UFPR em 9 de setembro. Na ocasião, um evento intitulado “Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?” foi organizado por apoiadores do ex-presidente, mas cancelado pela universidade.

Na ocasião, estudantes tentaram barrar a entrada de palestrantes como o vereador Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba, e o advogado Jeffrey Chiquini. Houve provocações e ataques verbais dos dois lados.

Conforme a UFPR, a Polícia Militar entrou no campus “sem ter sido acionada institucionalmente” e “atuou de forma desproporcional”. Nas universidades federais há o entendimento de que, a menos que as instituições tenham acionado outra força, cabe à Polícia Federal atuar em suas dependências.


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