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O governador Ronaldo Caiado disse nesta sexta-feira (17), que a gestão da Universidade Estadual de Goiás (UEG) é autônoma, conforme determina a Constituição Federal e, não cabe ao Governo do Estado decidir sobre o fechamento de unidades no interior, e nem sobre a suspensão de qualquer curso ministrado pela instituição.
A afirmação foi feita durante a participação do governador no Fala Goiás em Rede, da Rádio Brasil Central AM e RBC FM. Caiado disse que não existe nenhuma ação do Governo do Estado para fechar curso algum da UEG. “Até porque não tenho esse poder, pois o curso deve cumprir o que determina o Ministério da Educação”. Ele ainda disse que a Universidade é patrimônio de seus professores e alunos, e que a instituição “tem total autonomia de gestão”.
Na última quarta-feira (15), uma ação civil pública em caráter de urgência foi protocolada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), para impedir o encerramento das atividades da unidade da UEG, em Goianésia. O órgão além de impedir o fechamento da unidade, determinou que seja apresentada uma cópia do processo administrativo que fala sobre extinção do câmpus de Goianésia.
Segundo o MPGO, a UEG afirmou ser necessária uma nova estruturação da unidade devido a dificuldades financeiras e por essa razão daria início ao processo de extinção do câmpus universitários e cursos de sua grade curricular. Segundo o órgão, uma “Comissão de Redesenho” foi criada e vai ser responsável por constatar quais os câmpus não atendem os critérios necessários e os que atendem para rediscutir a sua permanência ou fechamento.
Já na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), os parlamentares da oposição acusam o governo do Estado de estar fechando campus da UEG. Anteriormente, Caiado havia dito que iria repassar 2% para manutenção da universidade.
Entorno dessa polêmica, o deputado Amauri Ribeiro (PRP), usou a tribuna da Alego nesta quinta-feira (16), para defender o governo Caiado das críticas da oposição.O deputado explicou que o democrata repassa em dia a porcentagem que é sua obrigação.
“O governador não está fechando universidade. O compromisso é repassar 2% e assim ele o faz. O que aconteceu foi má gestão por 20 anos. Gastaram sem ter condição de gastar, e agora não conseguem manter. Abriram campus para se fazer política e agora os reitores não conseguem pagar e estão jogando a conta para o governador”, esclarece o parlamentar.
O parlamentar pediu ainda mais responsabilidade por parte dos deputados de oposição. “Eles não podem falar de calamidade na saúde. Calamidade que eles implantaram nesse Estado. Quem sucateou o Materno Infantil não foi esse governo. Quem deixou as OSs sem pagar não foi esse governo. Caiado não deixou de passar dinheiro de Educação e nem de Saúde”.
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