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“Faremos parceria com o próximo prefeito para melhorar o trânsito de Goiânia”, afirma Marconi

O governador Marconi Perillo afirmou, em entrevista ao jornal Diário do Estado nesta terça-feira (22/8), que irá propor ao próximo prefeito de Goiânia parceria com o Governo do Estado para melhoria do sistema viário da Capital. “Hoje o grande problema de Goiânia é o trânsito. Goiânia cresceu muito, é uma metrópole, e o que mais incomoda as pessoas é o trânsito. É preciso melhorar o tráfego. E, nesse sentido, quero conversar com o próximo prefeito para verificar que melhorias poderemos fazer juntos. Melhorias em termos de viadutos, em vias. Essa é uma preocupação que eu tenho”, declarou. Ele também discorreu sobre as obras do governo estadual em Goiânia, leilão da Celg e Operação Lava Jato. Abaixo, a entrevista na íntegra.

Obras em Goiânia

Estamos reformando o Centro de Esportes do Setor Pedro Ludovico. Já entregamos o CRER, o Hugol. Todos os hospitais foram reformados e ampliados. Fizemos o Centro Cultural Oscar Niemeyer, a duplicação para Senador Canedo, para Goianira, Nerópolis; duplicação e iluminação para Bela Vista, vários viadutos. Estamos construindo e vamos entregar provavelmente em seis ou oito meses um enorme hospital, que vai ser o Hospital do Servidor Público. Estamos construindo o Hospital de Doenças Sanitárias, onde era a Colônia Santa Marta, uma obra importante de ampliação. Estamos fazendo a duplicação até a cidade de Goiás, e espero que até julho do ano que vem essa obra esteja completamente pronta. Inaugurar a duplicação para Bela Vista; concluir e inaugurar a duplicação de Goiânia até a Belém-Brasília, passando por Nerópolis e São Francisco.

Parceria com o próximo prefeito

E assim que o novo prefeito assumir, e tivermos recursos que estamos trabalhando para conseguir, quero conversar com o próximo prefeito de Goiânia e acertar parcerias para melhorar o sistema viário de Goiânia.  Hoje o grande problema de Goiânia é o trânsito. Goiânia cresceu muito, é uma metrópole, e o que mais incomoda as pessoas é o trânsito. É melhorar o tráfego. E nesse sentido quero conversar com o próximo prefeito para verificar que melhorias poderemos fazer juntos. Melhorias em termos de viadutos, em vias. Essa é uma preocupação que eu tenho. Nós vamos deixar um grande legado em Goiânia. Terminamos recentemente 600 quilômetros de redes de saneamento básico da Região Noroeste de Goiânia. Neste ano ainda vamos inaugurar o Complexo Produtor Mauro Borges, que vai garantir água de boa qualidade para a população de Goiânia pelos próximos 50 anos. E é um complexo que vai ser entregue agora. Já fizemos a barragem, a estação de tratamento de água bruta, as adutoras, também uma subestação de energia. E quando inaugurarmos o Complexo Mauro Borges lá no Ribeirão João Leite, nós vamos deixar praticamente livre o atual sistema de captação e distribuição de água de Goiânia que é o Meia Ponte. O que é captado hoje para Goiânia vai ficar responsável apenas por Trindade e Goianira. Ou seja, vamos ter água em Goiânia e Aparecida de Goiânia por muitas décadas.

Recursos para investimentos

Nós ainda não temos recursos para investimentos. Temos utilizado recursos do Detran, de fundos constitucionais para garantir a conclusão de obras importantes, e elas vão continuar. Vamos terminar essas obras iniciadas utilizando recursos do Detran e de fundos, eventualmente recursos de empréstimos, e também recursos de privatizações, especialmente da privatização da Celg. Todos esses recursos vão ser bem aplicados em obras planejadas, importantes em todas as áreas: saúde, segurança, educação e infraestrutura.

Leilão da Celg

É importante esclarecer que a Celg é administrada pelo governo federal desde 2011, mais precisamente pela Eletrobrás e Ministério de Minas e Energia. Quase toda a diretoria da Celg foi indicada, desde então, pelo governo federal. Nós temos apenas dois diretores indicados pelo Governo de Goiás, que é o acionista minoritário. Nós temos 49% das ações, e o governo federal tem 51%. Por conta da crise, os investidores acabaram achando que o preço estipulado pelo leilão estava alto. Uma nova discussão começou imediatamente no dia 19 de agosto, quando não houve interessado no leilão. E essa negociação está sendo conduzida pela Secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão; e pelo presidente da CelgPar, Fernando Navarrete, e também com a presença do presidente da Celg. Do lado do governo federal e Eletrobrás, o Ministério de Minas e Energia e técnicos da Presidência da República. Espero que nos próximos dias já possa ser apresentado um cronograma novo, com preço novo, e que o resultado seja positivo. Com mais de dois anos que ainda temos de governo vamos ter recursos de outras áreas para investimentos. Recursos que são vinculados à área do desenvolvimento, como o Produzir; recursos de vinculação da saúde, educação, pesquisa, do Detran. Com esses recursos teremos o planejamento que é o de terminar o que está começado, e deixar o Estado em uma situação bem melhor do ponto de vista de infraestrutura. Mas se tivermos os recursos da Celg poderemos fazer muito mais.

Marca desta gestão

Acredito que é a modernização de Goiás. Goiás é um Estado hoje completamente diferente, respeitado no Brasil e no mundo. Esse talvez seja o grande legado. Outro legado é o enorme salto de desenvolvimento que Goiás experimentou nesses últimos anos. Nós multiplicamos as exportações por 20 vezes; multiplicamos o PIB por 10 vezes; mais de um milhão de empregos foram gerados graças à interlocução do governo do Estado com o setor produtivo e graças aos incentivos fiscais. Outro legado é o da área social. Dezenas de programas foram criados no sentido de melhorar a vida das pessoas. O Vapt Vupt hoje é um sucesso enorme. São 74 unidades do Vapt Vupt, todas elas viabilizadas nos nossos governos. A saúde estadual é reconhecida no Brasil inteiro pelos serviços que são prestados graças à nossa coragem de implantar as Organizações Sociais. A educação ficou em primeiro lugar no Ideb de 2013. Na área da segurança pública nós avançamos demais também, tanto na valorização e remuneração dos profissionais, quanto também na melhoria dos equipamentos. Quando assumi o governo, o setor da Segurança Pública era totalmente desequipado. Os policiais não tinham armas para trabalhar, não tinham viaturas. Hoje é tudo novinho. Além da motivação profissional, nós criamos também as condições para que os policiais trabalhem e cumpram seu dever. Claro que os 12,5% que nós investimos em segurança ainda é pouco. Precisamos de mais, mas também só os governos estaduais são responsáveis pelo dinheiro que é gasto com segurança pública. Ao governo federal cabe apenas cuidar da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, e Forças Armadas. Então é preciso mais dinheiro para que possamos fazer ainda mais.

Operação Lava Jato

A repercussão já começou. É a mudança conceitual da prática política no Brasil. A Lava Jato em si tem sido muito importante nesse sentido, mas outras medidas precisam ser adotadas, principalmente uma reforma política que diminua o número de partidos; algumas reformas também na área da Legislação Penal e, principalmente, a definição de critérios e a regulamentação do financiamento de campanha. É preciso ficar muito claro o que se pode ou não fazer. Nessa eleição as empresas não podem mais financiar os candidatos. Não sei como ficará isso depois, mas o fato é que essa talvez seja a eleição com menos dinheiro da história. Os empresários não querem dar dinheiro, e os políticos também estão preocupados em não gastar tanto dinheiro em campanha porque sabem que se cometerem qualquer tipo de deslize vão ser punidos. É preciso distinguir o que foi ajuda de campanha legal, dentro da lei, e o que é ilegal, o que foi desvio, corrupção. O Brasil também não tem legislação para coibir o uso de Caixa 2. Agora que o Ministério Público e a sociedade estão propondo criminalização do uso de Caixa 2. Então, a Lava Jato trouxe consequências muito benéficas para a população. Medidas moralizantes que foram tomadas na esfera do Ministério Público e do Judiciário e que também trouxeram consequências políticas, como a redução do tamanho das campanhas. A legislação também diminuiu o tempo das campanhas, o que acabou barateando as campanhas. E Michel Temer, se for agora alçado à condição de presidente de forma definitiva, terá que propor ao Congresso Nacional algumas mudanças estruturantes. E a reforma política é a primeira delas. Definir o financiamento de campanhas, diminuir o número de partidos, acabar com coligação proporcional. E depois as outras reformas: previdência, tributária, trabalhista. Tem muitas medidas a serem tomadas agora após a definição do impeachment.

Marcley Matos

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