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Cidades
| Em 3 meses atrás

Falha na coleta seletiva prejudica cooperativas, catadores e meio ambiente, aponta OCB-GO

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A suspensão do serviço de coleta seletiva em Goiânia, desde o fim de semana, causa um prejuízo direto para 15 cooperativas de reciclagem e, consequentemente, atinge diretamente também 1,5 mil recicladores e cerca de 5 mil dependentes destes. A estimativa é do presidente do Sistema Organização das Cooperativas do Brasil em Goiás (OCB-GO), Luíz Alberto Pereira.

“É um problema triplo. Ambiental porque [material reciclável] vai para os aterros e lixões; econômico porque esse material tem valor; e social porque muitas pessoas vivem disso”, afirmou em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, jornalista Altair Tavares, nesta terça-feira (6).

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Segundo ele, o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) visitou a OCB e explicou que o problema fazia parte de uma transição entre os serviços que eram prestados pela Comurg e a empresa terceirizada, o Consórcio Limpagyn. “Reunimos na semana passada, pedimos agenda e não conseguimos nada. Estamos pedindo uma nova audiência”, afirmou Pereira.

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“Para se ter ideia, temos 15 cooperativas registradas na Junta Comercial de Goiás, gerando 1.500 empregos diretos, fora os dependentes, chegando então a uma estimativa de 5 mil pessoas afetadas”, justifica.

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O presidente da OCB reforça ainda que se trata de um serviço essencial. “É trabalho do poder público motivar a população de fazer a separação e fazer seu papel de levar até as cooperativas. Temos dado todo apoio a essas cooperativas, na questão de gestão e de recursos para que adquiram maquinário e manejar de forma melhor esse material porque a gente sabe da importância social”, reforçou. São recorrentes os problemas na coleta seletiva.

Conforme ele, atualmente apenas 3,7% do lixo da Capital é separado, volume que cai ainda mais no estado (1,7%). “Então é preciso uma política pública e mais incentivo para a separação do sólido e orgânico. Ele concluiu dizendo que espera uma reunião com os órgãos municipais na segunda-feira (12) para esclarecer o cenário.

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Na Prefeitura, a informação é de que houve um “problema pontual”. Em nota ao DG, a Secretaria Municipal de Infraestrutura informou que o órgão soube dos problemas com o serviço prestado, e notificou a Comurg, que apontou e já resolveu o problema. Na nota, a Seinfra garante que a coleta foi regularizada.

Leia a íntegra  da nota abaixo!

NOTA-SEINFRA

  • A responsabilidade em fazer a coleta seletiva em Goiânia e fazer o repasse do material reciclado às cooperativas é da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).
  • Ainda não foi assinada a ordem de paralisação do serviço de coleta seletiva, como consta no contrato da Comurg.
  • A companhia só pode interromper este serviço quando for assinada esta autorização.
  • Assim que soube dos problemas com o serviço prestado, a Seinfra notificou a Comurg, que apontou problemas pontuais, já resolvidos. A coleta da Comurg foi regularizada.
  • A previsão é a de que Consórcio Limpa Gyn assuma o serviço de coleta seletiva entre a segunda quinzena de setembro e a primeira quinzena de outubro deste ano.
  • A Seinfra está em constante diálogo e acompanhando o andamento da prestação de serviço. É válido ressaltar que não houve manifestação, uma vez que a coleta foi regularizada pela Comurg.

Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) – Prefeitura de Goiânia

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