18 de novembro de 2024
INFLUÊNCIA

Exoneração de 160 servidores comissionados comprova influência de Policarpo no Paço Municipal

Força de Policarpo na Prefeitura de Goiânia já havia sido denunciada pela Vanguarda e ação acontece uma semana após uma série de críticas na sessão da Câmara Municipal
Romário Policarpo, presidente da Câmara Municipal, havia sido criticado pela Vanguarda. (Foto: Câmara Municipal)
Romário Policarpo, presidente da Câmara Municipal, havia sido criticado pela Vanguarda. (Foto: Câmara Municipal)

O Diário Oficial, divulgado pela Prefeitura de Goiânia na quarta-feira (1º), confirmou a exoneração de mais de 160 servidores comissionados no Paço Municipal. A ação aconteceu uma semana após críticas feitas pelo Bloco Vanguarda a Romário Policarpo (Patriota), presidente da Câmara Municipal e membro do Grupo de Apoio ao Prefeito (GAP).

Entre os nomes exonerados está o secretário de Desenvolvimento e Economia Criativa, Diogo Franco, irmão do vereador líder do Vanguarda, Igor Franco (SD). Além disso, Gizza Lemos, esposa do vereador Welton Lemos (Podemos), também foi exonerada do posto de chefe de gabinete do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas).

O Bloco Vanguarda é formado por seis vereadores, sendo eles Igor Franco, Welton Lemos, Lucas Kitão (PSD), Gabriela Rodart (PTB), Paulo Magalhães (UB) e Markim Goyá (Patriota).

Por meio de nota, a prefeitura informou que as exonerações fazem parte da reforma administrativa que já havia sido anunciada pela atual gestão municipal, mas o que se percebe é uma possível influência de Policarpo no Paço, comprovando o fator denunciado pela Vanguarda.

Críticas

Na última semana, Franco utilizou a sessão da Câmara para criticar Policarpo, afirmando que as crises entre o legislativo e a prefeitura nos últimos meses beneficiaram o presidente da Casa de alguma forma. Segundo o vereador, a falta de avanço nas ações do executivo foi ocasionada pela falta de interferência do representante do Patriota.

Outro ponto criticado foi a denúncia sobre possíveis irregularidades em contratos da Câmara relacionados à serviço de publicidade, aluguéis de carros e reforma de um auditório e a cobrança para a eleição para eleger o novo 1º vice-presidente da Casa. Os problemas em contratos e a influência apontada de Policarpo nas secretarias Municipais foram negadas pelo presidente no dia anterior.


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