Na noite desta última segunda-feira (30), o ex-senador Telmário Mota, suspeito de ser o mandante do assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, foi preso pela Polícia Civil em Nerópolis. Em 29 de setembro, Antônia, ex-mulher de Telmário foi morta com um tiro na cabeça quando saía de casa, no bairro Senador Hélio Campos, zona oeste de Boa Vista.
A vitima foi executada três dias antes da audiência na qual iria prestar depoimento contra o ex-senador. Ela era testemunha chave em um processo que tramita no Judiciário contra Mota. Ele é suspeito de ter abusado da filha que teve com Antônia, na época a jovem tinha 17 anos.
Segundo a filha, o ocorrido foi no Dia dos Pais de 2022 quando ela e Telmário saíram para comemorar a data. Na época a jovem registrou um boletim de ocorrência contra o pai, que negou as acusações e afirmou se tratar de perseguição política.
De acordo com o portal Metrópolis, em depoimento uma mulher identificada como Cleidiane Gomes Costa, de 39 anos, informou que era assessora do ex-senador e alegou que ele teria pedido para que ela conseguisse uma arma e monitorasse a casa da vítima. A mulher informou que, então, comprou um revólver (calibre 38). À polícia, Cleidiane afirmou que começou a monitorar a casa da vítima mais ou menos em agosto.
O advogado de Telmário no caso, Ednaldo Gomes Vidal disse que seu cliente nega as acusações. “Ela estava lá dentro da delegacia, ninguém nem sabe se ela disse aquilo lá mesmo. Ninguém nem sabe o que fizeram [com ela]. O senador é político. O estado de Roraima, quem conhece um pouco, sabe”, afirmou.