As unidades de ensino da rede estadual de educação de Goiás, começam a receber, a partir desta terça-feira (18), os recursos para a compra de detectores de metais. A implantação do mecanismo de segurança faz parte do projeto de lei que institui a Política Estadual de Prevenção e Combate à Violência Escolar.
Como anunciado pela titular da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Fátima Gavioli, na última sexta-feira (14), o governo investiu R$ 1,8 milhão para aquisição dos detectores. Segundo a secretária, os bastões serão destinados para todas as 1.049 unidades do Estado, sendo 1 para cada 150 alunos.
Fátima explica que os coordenadores de turnos, junto com a Polícia Militar, vão trabalhar com os detectores de forma geral. “Agora não dá para poupar ninguém, vai passar todo mundo pelo bastão”, ressalta.
Ao Diário de Goiás, o superintende de Gestão Administrativa da Seduc, Leonardo Lima, disse que o valor já foi creditado ainda nesta segunda-feira (17). E a partir de hoje serão repassados as escolas.
O superintendente explica que cada detector custa em média R$ 380 reais. Mesmo que existam outros mais em conta no mercado, conforme explicou Gavioli, durante coletiva de imprensa, o detector tem que atender a uma operação, e o conselho não pode comprar um bastão de por exemplo, de R$ 100 reais.
“Ele tem que atender o que está na descrição do termo de referência para comprar uma coisa boa”, frisa a secretária. Ainda segundo a titular da Seduc, alguma escolas do Estado já tem os detectores que foram adquirimos com recursos do Programa Equipar, em dezembro do ano passado.
Outras ações
Segundo o governador Ronaldo Caiado, até que cheque os detectores em todas as unidades, há a revista de bens e pertences nas mochilas dos alunos.
“Até que chegue o bastão damos está autonomia para que os professores possam ter acesso ao conteúdo daquele mochila”, afirmou.
Inclusive, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), se manifestou contra a ação de vistoria nas mochilas.
De acordo com Bia de Lima, presidente do Sindicato, é preciso ter cautela porque a ação coloca em risco quem não está preparado para este fim e quem não está na escola com este objetivo.
“Nós precisamos ter muito cuidado nessa hora. Porque a busca por mecanismos de garantir segurança no interior das escolas tem que ser bem pensada. Tem que ser uma situação em que profissionais qualificados e preparados para tal fim possam efetivamente desenvolver seu trabalho”, destaca.
Bia defende que não cabe aos servidores educacionais mexerem nas mochilas de estudantes. “Cuidado com as decisões que estão sendo tomadas”, completa.
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