Funcionários da equipe Mercedes da F-1 foram assaltados na noite de sexta-feira (10) quando deixavam o autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo. O fato foi noticiado inicialmente pelo Globoesporte.com e confirmado pela reportagem.
Os integrantes da equipe estavam em uma van que foi abordada por bandidos armados, que chegaram a disparar tiros, segundo disse o piloto Lewis Hamilton no Twitter. O tetracampeão mundial não estava no veículo.
“Alguns integrantes do meu time foram abordados por homens armados quando deixavam o circuito no Brasil. Tiros foram disparados, e armas foram apontadas para a cabeça de alguns. É muito desapontador ouvir isso. Por favor rezem por meus companheiros que são profissionais e estão abalados”, escreveu o piloto.
“Isso acontece todo ano aqui. A Fórmula 1 e as equipes precisam fazer mais. Não há desculpas”, completou.
Nem a equipe, nem Hamilton informaram o que foi levado dos integrantes do time.
Um carro com três funcionários da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e um motorista vinha logo atrás, mas conseguiu escapar pois era blindado.
Chefe de imprensa da entidade, Matteo Bonciani estava no veículo e classificou o caso como assustador.
“Três homens bateram com a arma no vidro do carro. Mas o motorista foi espetacular e reagiu com profissionalismo e sangue frio. Por sorte não nos aconteceu nada”, disse Bonciani.
“Venho aqui desde 2002 com a Ferrari e sempre soube destas coisas. Mas é a primeira vez que acontece comigo”, afirmou.
Em 2010, o piloto Jenson Button, à época na Mercedes, foi vítima de uma tentativa de assalto quando retornava ao hotel. O motorista de seu veículo, no entanto, conseguiu escapar.
A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), subordinada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), foi procurada, mas afirmou que estava apurando a ocorrência no fim da manhã -e não se pronunciou sobre as críticas geradas pelo episódio.
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