07 de agosto de 2024
Destaque • atualizado em 28/04/2024 às 16:33

Entregadores de aplicativo cobram por ‘taxa digna, fim de bloqueios indevidos e rotas múltiplas’, diz representante

(Foto: Entregador C.R.T)
(Foto: Entregador C.R.T)

Entregadores do aplicativo iFood entraram em greve nesta sexta-feira (11) em Goiânia e Região Metropolitana cobrando melhorias para a categoria. Desde a manhã desta sexta, eles percorrem várias ruas da capital e deve durar até às 22 horas. Em entrevista ao Diário de Goiás, o entregador e representante da categoria C.R.T, disse que os entregadores aguardam um posicionamento da plataforma sobre as demandas que estão sendo reivindicadas.

”Estamos aguardando o iFood enviar uma nota para nossa categoria. Estamos pedindo melhorias como mudança na taxa, que o iFood pague uma taxa digna e justa, pedindo o fim da ‘subpraça’, ou seja, operadores terceirizados pelo iFood que atuam aqui em Goiânia com entregadores terceirizados e pedimos também transparência nos bloqueios de entregadores. O iFood continua bloqueando entregadores da plataforma sem ter motivo”, explica o representante.

O representante explica que atualmente a plataforma manda uma rota com três entregas para clientes diferentes, e os entregadores recebem apenas por uma. ”Estamos pedindo o fim das rotas múltiplas”, afirma. Ainda conforme explica o representante, a plataforma recebe normal do cliente todas as entregas, mas o entregador só recebe por uma única rota. ”O iFood ganha em cima das nossas rotas”, destaca.

Ainda de acordo com o representante da categoria, hoje o valor da taxa que os entregadores recebem é totalmente ‘defasada’. Ele explica que hoje o valor mínimo para qualquer entregador em Goiânia é de R$ 5,31 a R$ 12,00 dentro de um raio de até 4,5 km. ”Quer dizer que, a gente recebe a entrega e quando muito a gente aceita porque está muito defasado, o máximo que a gente ganha por quilometragem é R$ 1 real fora da rota mínima cobrada”, explica.

Segundo o representante, a paralisação não vai parar 100% do serviço. Ele explica que 60% dos entregadores aderiram a paralisação. Mas ele destaca que, se o cliente comprar do estabelecimento que está paralisado, o pedido não vai chegar até ele. ”Mas isso não vai inibir o cliente de comprar”, explica.

Em nota, o iFood disse que algumas medidas já foram adotadas em 2021 como por exemplo, os reajustes da taxa mínima e quilometragem percorrida. Leia na íntegra a nota.

Nota

“O iFood respeita o direito constitucional de manifestação. A empresa esclarece que mantém o diálogo aberto com os entregadores para buscar melhorias para os profissionais e para todo o ecossistema.

Sobre as desativações de conta e reajustes, o IFood esclarece que está em andamento a avaliação com prazo até março de 2022 para:

– dar mais transparência sobre desativações de conta;

– revisões das contestações sobre desativações mais humanizadas, exceto em situações de fraude financeira;

– uso de conta por terceiros e fraude de cadastro, que configuram desativação permanente de acordo com os termos e condições;

– e avaliar a possibilidade de reajuste anual das tarifas e ganhos..

Vale destacar que algumas medidas já adotadas também partiram dessa construção de diálogo com a categoria. Por exemplo, os reajustes da taxa mínima e quilômetro percorrido em 2021, a criação de código de validação da entrega, seguros contra acidentes pessoais, lesões temporária, invalidez e morte no valor de até R$100 mil para os entregadores durante o período em que estiverem logados na plataforma e também no “retorno para casa”. Além disso, a criação de um fundo de combustível de R$ 8 milhões para minimizar o impacto do custo do combustível no dia a dia desses profissionais.”

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