O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), fez mais uma vez duras críticas, nesta sexta-feira (16/06), ao projeto da reforma tributária.
“Não queiram dizer a mim, que fui eleito pelo voto, que eu viva de mesada. Não vou viver”, protestou Caiado, em entrevista concedida ao jornal Estadão.
A postura do Governador, na defesa dos interesses do estado, somado a convicção que a Reforma Tributária vai limitar o desenvolvimento de Goiás. Tem encontrado total ressonância entre os empresários goianos.
“Não se trata de ser contra a Reforma, mas de defender os interesses de Goiás”, disse o governador Caiado.
Nesse clima tenso e de muito debate que entidades do setor produtivo goiano, manifestaram publicamente em carta aberta à população, o agradecimento ao governador Caiado. O conteúdo traz o que chamaram de “grandeza e coragem” ao se colocar contra o projeto de reforma tributária que está tramitando no Congresso Nacional.
A carta faz a defesa do chefe do executivo estadual. As entidades avaliam que a reforma se aprovada, da forma como está sendo discutida, a proposta causará danos para Goiás.
“As entidades vêm agradecer ao governador Ronaldo Caiado pela grandeza e coragem de defender o futuro dos goianos, pois a proposta de Reforma Tributária, que está tramitando no Congresso Nacional, causará grandes perdas para o nosso Estado e para nossa gente”, diz o manifesto.
O projeto que tramita hoje na Câmara dos Deputados prevê a implantação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e a unificação da cobrança de tributos como IPI, PIS, Confins, ICMS e ISS. Sem falar na possibilidade de um novo Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS). Caiado, que defende o fatiamento da Reforma Tributária, afirma que a atual proposta resultaria em uma concentração de arrecadação da União, colocando em risco o crescimento econômico dos demais membros da federação.
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Os maiores empregadores do estado de Goiás, representados pelas entidades, assinam a carta e destacam que a Reforma Tributária deve ser abandonada. O custo da concentração dos impostos, aumentaria a desigualdade, atrapalharia o crescimento e limitaria as oportunidades para o brasileiro como um todo.
Para o setor produtivo goiano a proposta de uma única alíquota causará um aumento enorme de impostos para o comércio e serviços. “Traduzindo para o dia a dia, o leite, o pão, o feijão, o arroz, o transporte, a educação e a saúde ficarão mais caros e, pior: com menos empregos”, sustentam.
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O comunicado finaliza com as entidades prometendo apoiar as iniciativas do Governador Caiado, que efetivamente criem oportunidades para o povo goiano e divisas para Goiás.
“Tal como o senhor, governador, nós sempre apoiaremos propostas que tragam segurança jurídica para quem investe, incentivem o desenvolvimento econômico regional, gerem mais empregos, diminuam a desigualdade social e distribuam o progresso por todo o país”, pontuam.
Assinam a carta a Acieg, Adial Goiás, Adial Brasil, Associação dos Auditores de Tributos do Fisco Municipal de Goiânia, Associação Goiana dos Municípios, Coren-Go, Facieg, Faeg, FCDL-Go, Fecomércio-Go, Fieg, Força Sindical-Go, Semesg-Go, Sindifargo, Sindicato dos Empregados na Indústria de Refrigerantes e Águas Minerais do Estado de Goiás, Sindicato dos Auditores de Tributos do Município de Goiânia, Sistema OCB.