O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou nesta terça-feira (7) o fim do programa de checagem de fatos nas plataformas da empresa nos Estados Unidos. O sistema, que atualmente conta com agências profissionais para verificar informações, será substituído por um modelo de notas da comunidade, semelhante ao utilizado pelo X (antigo Twitter), de Elon Musk.
No novo sistema, os próprios usuários serão responsáveis por contextualizar publicações, oferecendo explicações acompanhadas de links e imagens de apoio. Essas notas serão submetidas a votações de outros usuários, que decidirão sobre sua confiabilidade.
Segundo Zuckerberg, a decisão foi motivada pela percepção de que os checadores de fatos, muitas vezes, agiram de forma parcial politicamente, o que, na visão do executivo, destruiu mais confiança do que construiu. Ele também mencionou que os sistemas de moderação desenvolvidos pela empresa, apesar de complexos, ainda cometem erros significativos, afetando milhões de pessoas. Segundo Zuckerberg:
Criamos vários sistemas complexos de moderação, mas, mesmo se eles censurarem acidentalmente apenas 1% das publicações, isso significa milhões de pessoas afetadas. Chegamos a um ponto onde há muitos erros e muita censura.
A mudança começará pelos Estados Unidos, mas Zuckerberg deixou claro que poderá ser expandida para outros países no futuro. O anúncio também ocorre em um momento de reaproximação entre Zuckerberg e o presidente eleito Donald Trump, incluindo uma doação recente de US$ 1 milhão para o fundo de posse do republicano, que assume a presidência no próximo dia 20 de janeiro.
O que muda com o fim do programa de checagem da Meta:
A decisão acompanha um movimento mais amplo, defendido por líderes conservadores e também por Elon Musk, que criticam a moderação excessiva e defendem uma abordagem mais aberta em relação à liberdade de expressão nas redes sociais. A mudança, contudo, levanta debates sobre o risco de desinformação sem um sistema de verificação profissional.