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Brasil
| Em 4 meses atrás

Entenda o que é Febre Oropouche, doença em surto no país e que preocupa Ministério da Saúde

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Este ano, até o início de julho, o Brasil já havia registrado mais de 7 mil casos de Febre Oropouche, com duas mortes confirmadas na Bahia no último dia 25 de julho. A doença é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus e transmitida pelo mosquito-pólvora, ou maruim, cujo nome científico é Culicoides paraensis.

O arbovírus foi identificado pela primeira vez em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, o país só teve registros isolados e alguns surtos relatados somente na região Amazônica. No entanto, em 2024, casos começaram a surgir em diversas regiões do Brasil, chegando a 16 estados.

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O atual cenário preocupa o Ministério da Saúde (MS), já que em ambientes urbanos, além do mosquito-pólvora, os pernilongos também podem ser agentes transmissores do vírus. Na região de selva, o bicho-preguiças, roedores, macacos e até aves são os hospedeiros, mas na cidade, os principais hospedeiros são o homem, o que ocasiona uma alastramento ainda mais rápido da doença.

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Sintomas

Os sintomas da Febre Oropouche são parecidos com os da dengue, e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. De acordo com o MS, no quadro clínico agudo a doença evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.

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Além disso, casos com acometimento do sistema nervoso central (como meningite asséptica e meningoencefalite), especialmente em pacientes imunocomprometidos, e com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) também podem ocorrer. “Os sintomas duram de dois a sete dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves”, destaca a pasta.

Mortes pela doença

O alarde por parte do MS é ocasionado principalmente pelo registro de duas mortes pela doença no país. Até então, não havia nenhum registro de óbito associado à infecção em todo o mundo. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia, a primeira morte foi de uma mulher de 24 anos que residia no município de Valença, e ocorreu no dia 27 de março. O segundo óbito, foi de uma mulher de 21 anos que residia em Camamu, registrado no dia 10 de maio.

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Assim como a dengue, não há tratamento específico para a Febre Oropouche. A orientação das autoridades sanitárias brasileiras é que os pacientes permaneçam em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico. Em caso de sintomas suspeitos, o Ministério pede que o paciente procure ajuda médica imediatamente e informe sobre uma exposição potencial à doença.

Com informações da Agência Brasil

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.