Em meio a notícias e especulações em torno da venda da Enel Distribuição Goiás, a empresa afirmou por meio de nota, que não há, no momento, “qualquer acordo, oferta ou proposta vinculante de alienação de ações da Companhia ou de seus ativos”. O documento foi divulgado nesta quarta-feira (27/04) após a administração da empresa consultar a “acionista controladora”.
A nota pontua que vai dar “sequência ao forte plano de investimentos que vem sendo implementado no Estado em linha com os compromissos assumidos com o Governo de Goiás e com o regulador, buscando a melhoria contínua da qualidade do serviço para os clientes goianos”, pontuava o documento que destacava os planejamentos para o ano.
“Para 2022, a companhia prevê um aumento significativo das iniciativas no plano de manutenção e poda, com intensificação das ações preventivas e mobilização de equipes técnicas, com o objetivo de contribuir para o atingimento das metas do contrato de concessão e elevar a qualidade percebida pelos goianos”, pontuou.
A Enel também destaca os recursos investidos em Goiás ao longo da última década. “O alto volume de investimentos feitos ao longo dos últimos cinco anos permite que hoje a empresa registre resultados históricos de melhoria: a frequência média anual de quedas, por exemplo, já está bem melhor que a meta contratual, chegando a 8,3 vezes em fevereiro, uma redução de 52% em relação a dezembro de 2017. Na duração das interrupções, a evolução também é considerável: em 2017 os goianos ficavam 31,7 horas sem energia, ao passo que hoje esse número já caiu em torno de 40%, para 18,20 horas”, rememorou.
Governo quer acompanhar de perto o debate
Em meio a tantas especulações, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) manifestou que quer acompanhar as negociações, caso haja eventuais avanços. “Todos nós estamos preocupados. Ela tem uma meta a entregar para o povo goiano, se ela não consegue entregar a meta, nós não fomos consultados. Fui informado porque ela levou a proposta de venda ao banco e a partir dali eu tomei conhecimento da venda dela. É algo que temos que acompanhar. Porque a primeira venda, a privatização para Goiás e para o povo foi um desastre”, destacou ontem (26) em jornalistas após encontro com empresários na Fecomércio-GO.
Aos empresários, destacou que tanto o governo como o setor empresarial não poderiam deixar de participar dos debates. “Precisamos participar dessa discussão. É fundamental para Goiás. Precisamos saber de que maneira está sendo vendida, que maneira está sendo vendida, como vai ser vendida? Quais os compromissos de investimentos que a nova empresa terá para o estado de Goiás?”, indagou.
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