19 de novembro de 2024
Destaque • atualizado em 10/05/2021 às 20:26

Empresas tentam conter greve de motoristas com dissídio coletivo

(Foto: Redemob Consórcio)
(Foto: Redemob Consórcio)

Após ver as negociações fracassarem, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo e Passageiros de Goiânia e Região Metropolitana (SET) impetrou nesta segunda-feira, (10/05), uma ação de dissídio coletivo de greve na Justiça diante do comunicado do aviso de greve do Sindicoletivo. Após mais de quatro horas de audiência telepresencial no Tribunal Regional de Trabalho da 18ª Região (TRT-18) e sem qualquer indicativo de acordo, uma nova rodada acontecerá às 9 horas desta terça-feira.

A proposta do SET dá garantia de manutenção de todos os benefícios acordados durante dissídio coletivo da categoria realizada no final de 2020, também junto ao TRT-18, exceto a cláusula de reajuste do salário da categoria “Precisamos aguardar o cumprimento do plano emergencial por parte dos municípios, ação indispensável para que qualquer aumento salarial seja concedido diante deste crítico momento de pandemia. Caso se cumpra, é mais evidente que as concessionárias vão conceder o reajuste”, destaca o vice-presidente da entidade, Alessandro Moura.

Alessandro explica que o sindicato pediu ao Sindicoletivo um prazo de 30 dias, até meados de julho de 2021, para análise do cenário e de cumprimento do plano emergencial. “A atual realidade não permite que se conceda um aumente como eles exigem”, explica. “A categoria está recebendo com aumento no ticket e no salário desde janeiro desde ano, conforme acordado em dissídio passado”, complementa.

Sem acordo, greve organizada por Sindicato dos Motoristas está mantida para a terça-feira

A reunião entre os representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo e Passageiros de Goiânia e Região Metropolitana (SET) e o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) nesta segunda-feira (10/05) encerrou sem um consenso entre as partes e os motoristas do transporte coletivo ameaçam sequer ligar os ônibus dando início a uma greve nesta terça-feira (11). O SET no entanto, entrou na Justiça para pedir a ilegalidade da paralisação.

Sindicoletivo

Presidente do Sindicoletivo, Sérgio Reis, reforçou que nenhuma empresa apresentou suas propostas, exceto à Metrobus. “A única empresa que apresentou uma proposta foi a Metrobus, as outras sequer apresentaram propostas. A greve está mantida a partir da meia-noite desta terça-feira (11)”, destacou à reportagem do Diário de Goiás.

Uma assembleia-geral extraordinária que poderia mudar os rumos da greve estava prevista para acontecer no início da noite desta segunda-feira (10) no Terminal Padre Pelágio, mas no fim das contas, ela acontecerá as 03h da madrugada na porta da garagem da Metrobus de acordo com um dos motoristas envolvidos nas negociações. 

“A audiência não foi possível fazer. Vai ser deliberado nas portas da garagem. Estará todo mundo na porta da garagem às três horas da manhã. A greve continua, não foi revogada a greve ainda até que façamos a audiência na porta da garagem. A assembleia será feita na porta da garagem”, destacou o motorista.

Ele explica a proposta da empresa estatal, mas a tendência é de paralisação. “A Metrobus propõe devolver os 3% de anuênio que era da proposta do ano passado, não poderia ser objeto de negociação e eles subtraíram em março. Eles estão usando isso para negociação. O presidente da Metrobus propôs devolver os 3% de anuênio e em troca pediu para suspendermos a greve de amanhã para continuarmos as negociações. As negociações envolvem 10 meses de retroativo das negociações do ano passado, 4% que ficou para trás que ficou para ser negociado referente a março do ano passado e a data-base deste ano. A inflação bateu 6.10% e estamos atrás de pelo menos recuperar o que foi subtraído de nós. É devolver o que é nosso que não tem porque ter greve”, avalia.


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