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Empresários e trabalhadores se unem para contrapor ação contra incentivos à industrialização

Entidades do Fórum Empresarial Goiano e a Associação de Trabalhadores lançaram nesta sexta-feira, 20, o Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos. A união do grupo se deu com o objetivo de discutir o cenário econômico goiano, propor políticas públicas e projetos que contribuam para o crescimento do Estado.

De acordo com o presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (ADIAL), Otávio Lage, a ideia de unificar empresários e trabalhadores em prol do desenvolvimento, surgiu através de uma pesquisa feita com o interesse em saber a percepção da sociedade a respeito da industrialização, geração de emprego e dos incentivos fiscais.

“A pesquisa nos alertou que precisávamos nos unir com o sindicato dos trabalhadores para que fosse possível discutir os problemas que o Estado passa. Dificuldades que todos nós temos, tanto os trabalhadores, quanto os empresários. Já conversamos com o governo sobre o movimento. É importante que eles fiquem sabendo. Para que a gente possa, de mãos dadas, construir um Goiás melhor. Esse é o objetivo, geração de empregos, aumento dos impostos e desenvolvimento da industrialização. Que o Estado possa continuar crescendo e melhorando a qualidade de vida dos goianos”, pontuou.

O presidente da FETAE, José de Lima, avalia o movimento como positivo, tendo em vista o índice de desemprego que assola o estado de Goiás.

“Nunca houve um evento dessa magnitude em Goiás. Reunindo tantos empresários e trabalhadores juntos. Acreditamos que o movimento vai gerar muitos frutos para o crescimento do Estado, no crescimento de empregos e na qualidade de vida dos trabalhadores” inteirou.

José de Lima ressaltou a preocupação com o corte nos incentivos da produção do álcool anidro, que pode acabar trazendo um grande número de desempregos para Goiás.

“A desativação de usinas é um temor. Várias empresas que produzem o álcool anidro já estão ameaçando deixar de fabricar se ficarem sem o incentivo do governo. Isso pode gerar, além do desemprego, a queda de vários benefícios que nós conquistamos para os trabalhadores ao longo dos anos”.

O reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira também participou do evento. Ele se mostra entusiasmado com o movimento, e coloca a UFG à disposição para estudos de um modelo de incentivo que não comprometa o Estado, os empresários e trabalhadores.

“O movimento tem absolutamente tudo para dar certo. A UFG irá se engajar para que o movimento consiga atingir todos os objetivos. Participaremos de todas as reuniões e iremos ajudar a construir essa proposta em prol do desenvolvimento de Goiás. Isso tudo depende de pesquisa. As nossas áreas de economia, administração e ciências contábeis é uma grande participação que a Universidade pode dar para a realização de um planejamento”, afirmou.

Rubens Fileti, presidente da Associação Comercial de Goiás, fez um alerta em relação a insegurança jurídica, que vem causando considerável efeito no setor empresarial e na economia do Estado. Segundo ele, os incentivos que existem hoje, causam insegurança nos empresários.

“Quando os empresários procuraram a associação comercial, são analisados todos os cenários possíveis, a curto, médio e longo prazo. Quando eles analisam todas as propostas que temos de incentivo, começam a se sentir inseguros em relação a projeções futuras. Se a projeção não casa com os acordos de incentivos e com os acordos comerciais do Estado, o empresário não vem. Acaba preferindo outros locais que já estão estabelecidos incentivos que possam atender ao planejamento que foi feito” pontuou.

Marcelo Baiocchi, presidente da FECOMÉRCIO, ressaltou a importância da união entre empresários e trabalhadores para contrapor o movimento contra os incentivos. A melhor forma, de acordo com ele, é mostrando ao governo o grande número de empregos que foram gerados com a industrialização no estado.

“Nós temos que demonstrar o que os incentivos podem trazer para o estado de Goiás. Se não fosse a industrialização, o crescimento do comércio e da atividade econômica, esses empregos não teriam sido gerados. E, sem dúvida nenhuma, contra fatos não há argumentos. Aqui nós estamos demonstrando esses fatos. Junto aos trabalhadores e junto aos empresários, para fazer frente a qualquer ação que venha piorar o ambiente de negócios”.

Beatriz Monna

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