07 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 29/05/2020 às 09:14

Em Pirenópolis, empresários criam protocolos para retomar turismo com segurança

Pirenópolis terá protocolos sanitários para cada setor após retomada do turismo. (Foto: Reprodução)
Pirenópolis terá protocolos sanitários para cada setor após retomada do turismo. (Foto: Reprodução)

Empresários e representantes de setores do turismo de Pirenópolis se uniram para elaborar protocolos sanitários que visam oferecer segurança a trabalhadores do setor e visitantes quando a cidade retomar as atividades turísticas.

Segmentos de bares, restaurantes, hotéis, pousadas e atrativos entregaram os protocolos à prefeitura há cerca de 20 dias e aguardam o aval do comitê de crise para iniciar os treinamentos de colaboradores. Os documentos foram elaborados após discussão conjunta, em mais de 10 reuniões virtuais, com a representatividade de cerca de 200 empresários.

Membro do comitê de crise e responsável técnico, o médico Luiz Fernando Campos Filho elogiou as normas previstas nos documentos. “Os protocolos que nos mandaram foram de qualidade. Vão garantir a qualidade e segurança na estadia dos clientes”, pontuou. O médico emitiu nota técnica para “generalizar as normas, para serem usadas para todos os tipos de estabelecimentos”. Ele diz que a expectativa é que o colegiado dê um parecer favorável para o início dos treinamentos já na próxima semana.

Nesta semana, uma decisão judicial determinou que a prefeitura retire as barreiras sanitárias que impedem a entrada de pessoas de outras localidades em Pirenópolis. Apesar disso, hotéis e atrativos turísticos seguem fechados e com apoio de boa parte da comunidade. A ideia do segmento é que as atividades voltem apenas com segurança, após todos estarem preparados para receber turistas neste novo cenário.

Para evitar aglomerações, o treinamento de cada área específica deve ser feito por vídeo. Existe a ideia de ter um sanitarista para sanar eventuais dúvidas. Os setores são unânimes em dizer que não há prazo definido para que o turismo volte a funcionar.

Hotéis e pousadas

Uma das coordenadoras dos protocolos de hotéis e pousadas é a empresária Denise Badauy. Ela conta que as normas a serem seguidas pelo setor foram baseadas no protocolo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis. Essas normas têm a chancela de autoridades de saúde . “Em cima dele, fizemos adequações para a nossa realidade”, pontua. Ela ressalta que o novo regramento é construído com diálogo também com o poder público municipal e é necessário para a realidade atual.

“Entendemos que não tem como simplesmente abrirmos no formato que trabalhávamos antes. É notório que temos que resguardar a saúde dos nossos colaboradores e dos clientes que receberemos”, argumenta.

Entre as regras estariam o fechamento de uma unidade utilizada por hóspedes, após check-out, pelo mínimo de 24 horas antes dos processos de sanitização, que se tornaria obrigatório, e limpeza. “A recomendação é que toda a limpeza seja de forma úmida. Não poderemos mais usar aspiradores de pó, por exemplo”, relata o coordenador Leonardo Puglia.

Os coordenadores também revelaram preocupação com a capacidade de toda a rede de hospedagem de Pirenópolis se adaptar. “Queremos que não só os grandes empreendimentos consigam se adequar, mas também os pequenos”, afirma Puglia. Por isso, o grupo trabalha com a possibilidade de compra coletiva dos EPIs para baratear custos e atender todos os cerca de 200 hotéis e pousadas da cidade.

Atrativos

Conforme o presidente da Associação dos Atrativos, Uirá Ayer, o setor deve limitar a capacidade de carga. Áreas comuns serão dedetizadas de duas a três vezes por dia. Partes com brinquedos infantis e redários, por exemplo, continuarão fechadas. Também é discutida a hipótese de que o turista faça uma solicitação de entrada para que o fluxo de pessoas seja controlado.

Ayer relata que as pessoas que atuam no ramo vêm sofrendo. De acordo com o presidente da associação, “os funcionários sobrevivendo com a gordura que foi acumulada” e, a partir de julho, mais dificuldades estão previstas. Ele, porém, ressalta que a saúde é prioridade. “Nossa posição é que a cidade seja mantida fechada até que todos sejam treinados e entendam o que estamos passando e o que devemos fazer caso haja uma epidemia na cidade. Depois, a gente pensa em abrir.”

A reportagem tentou contato com os responsáveis pelos protocolos dos restaurantes da Rua do Lazer, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.


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