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Variedades
| Em 2 anos atrás

Empresário que hostilizou Gilberto Gil no Catar recebeu auxílio emergencial e defendeu ditadura militar

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Um dos bolsonaristas que está no vídeo em que Gilberto Gil foi hostilizado no Catar se manifestou em suas redes sociais. Após caso, que aconteceu no estádio Lusail, na última quinta-feira (24), dia do jogo entre Brasil e Sérvia pela Copa do Mundo, ter viralizado no Brasil, Ranier Lemache, procurou se desculpar e esclarecer situação. No vídeo, Lemache, que é um empresário do Rio de Janeiro, aparece com uma camiseta escrito “Papito Rani”, assista.

Como mostra o vídeo, Gil e sua mulher Flora andavam em direção à arquibancada quando foram abordados aos gritos pelo grupo que dize coisas sem sentido e em tom agressivo como: “Vamo, Lei Rouanet” e “Vamo, Bolsonaro”.

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Já no Twitter, Ranier afirmou que se solidariza com Gil, veja na íntegra:

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“Gostaria de me solidarizar com o Sr. Gilberto Gil e sua família em virtude da ofensa que a ele fora proferida, uma vez que eu também não gostaria de ouvi-la. No entanto, estão veiculando a minha imagem essa ofensa o que não é verdade. 

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Basta ver o vídeo que foi publicado e espalhado nas redes sociais para ter certeza que a ofensa não foi dita por mim.

Decerto não era o momento, tampouco o local adequado, mas, as duas únicas frases ditas por mim foram: “VAMOS BOLSONARO!!!” e “VOCÊ AJUDOU O BRASIL PRA C…” (essa última em evidente tom de ironia, haja vista a divergência política que, com todo respeito, não configura nenhuma ofensa). 

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Mesmo tentando se desculpar, já era tarde e as informações sobre o empresário começaram a surgir. As primeiras apurações deram conta de que Ranier tem 43 anos, mora na Flórida, nos Estados Unidos, e é sócio de diversas empresas, entre elas uma franquia da rede de pizzarias Domino’s e Spoleto. O perfil da Domino’s no Brasil, inclusive, se posicionou sobre o assunto. Confira:

Além disso, foi descoberto que o empresário recebeu, indevidamente, auxílio emergencial durante a pandemia e defendeu a ditadura brasileira de 1964 ao curtir um posto de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, em que ele diz: “Num dia como o de hoje o Brasil foi liberto. Obrigado militares de 64! Duvida? Pergunte aos seus pais ou avós que viveram aquela época como foi?”.

Já Gilberto Gil decidiu não fazer nenhuma denúncia ou reclamação formal à organização da Copa. De acordo com o artigo 329 do Código Penal do Catar, ofender alguém em público pode dar um ano de prisão ou multa em dinheiro. O cantor apenas agradeceu a solidariedade das pessoas que mandara mensagens para ele.

“Obrigado a todos pela corrente de solidariedade, aos amigos que ligaram e se manifestaram nas redes sociais. Amanhã estaremos torcendo pela seleção brasileira e por um Brasil sem ódio”, disse Gil em um vídeo.

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Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia - IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.