Um robô batizado de Mindy é o novo reforço na luta contra a dengue em Goiás. Pioneiro no país, o software foi desenvolvido pela empresa Mindify, especializada na automação de processos, especialmente na área da saúde. A solução criada pela Mindify ganhou impulso durante a pandemia de covid-19 e agora o Governo de Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg) contratou a tecnologia da Mindify para auxiliar no enfrentamento da dengue.
A ferramenta permite que linhas de cuidado complexas sejam automatizadas com uma fração do custo e do tempo requeridos por outras soluções. Tais linhas são um passo a passo que as equipes médicas e os próprios pacientes devem executar para o correto diagnóstico e tratamento de doenças ou estímulo de hábitos saudáveis. Segundo o CEO da Mindify, André de Paula Ramos, “a Mindify as simplifica mostrando tanto para as equipes médicas quanto para a população quais são as tarefas a serem executas, como e quanto devem ser executadas”.
Segundo Ramos, com a tecnologia, desenvolvida a partir do edital do Tecnova II, a qualidade assistencial aumenta e os custos operacionais caem em até 80%. “a linha de cuidado está sendo construída com apoio das funcionalidades criadas durante o projeto do Tecnova II e a versão piloto do software tem previsão de lançamento para maio de 2024”. Ramos explica que o software já está no mercado, mas trata-se de uma solução para empresas ou para governos.
Quem tem acesso são as pessoas atendidas pelas instituições contratantes. Em breve lançaremos um piloto com o Governo de Goiás a partir do qual a população poderá usar para endereçar situações relativas à dengue.
André de Paula Ramos
Presidente da Fapeg, Marcos Arriel pontua que o desenvolvimento desse software pela empresa fomentada pela Fapeg é um marco não apenas para Goiás, mas para todo o país. “Estamos vendo o poder da inovação e da tecnologia sendo aplicado de forma significativa no enfrentamento de doenças como a dengue. É uma conquista importante e demonstra o potencial das parcerias entre instituições públicas e privadas na promoção da saúde e bem-estar da população”, diz.
A seleção das empresas que vão ser beneficiárias do Programa Tecnova é feita por meio de editais. Os aprovados recebem fomento da Fapeg e da Finep por meio da modalidade subvenção econômica (não reembolsável) com o objetivo de compartilhar com as empresas os custos e riscos com projetos de inovação que envolvam significativo risco tecnológico associado a oportunidades de mercado.
André Ramos explica que a criação de inovações envolve grandes riscos técnicos e financeiros. “Sem fomentos como os disponibilizados pela Fapeg seria impossível atingirmos o nível de inovação que temos hoje. Quando um negócio inovador dá certo ele gera um incrível valor para a sociedade. No caso do nosso projeto é a chance de combater de forma efetiva um vírus mortal. Sem fomentos, 100% dos riscos ficariam conosco e simplesmente não teríamos capacidade de fazer o projeto”, comenta o empresário.