Com mais de um ano de pandemia da Covid-19, os testes de identificação do vírus continuam contribuindo para evitar uma maior disseminação da doença. Ao saber que uma pessoa está contaminada, é orientado para que haja tratamento e isolamento social, no intuito de o vírus não ser transmitido. Com o passar do tempo, foi possível aprimorar a tecnologia destes testes e hoje, há, inclusive o chamado “teste combo”, que detecta não apenas a Covid-19, mas também doenças relacionadas à Influenza, como o H1N1.
Em entrevista ao Diário de Goiás, Daniel Rocha, diretor da Vyttra Diagnósticos, empresa 100% brasileira, que fabrica os testes disponibilizados nas principais redes de farmácias do Brasil, afirmou que o “teste combo” possui uma maior sensibilidade para identificar o vírus, comparado inclusive ao padrão ouro, que é o teste de RT-PCR, de 97%. “É uma sensibilidade muito alta. E isso foi possível graças ao desenvolvimento dessas tecnologias, do entendimento melhor da doença, dos fabricantes”, declarou.
Daniel Rocha destacou a importância em detectar o vírus existente no organismo, até mesmo pela divergência no tratamento de cada um, levando em consideração que ambas têm sintomas semelhantes, capazes de confundir. “A gente quis contribuir com esse teste, para que pessoas com sintomas muito parecidos com Covid, que podem na realidade estar infectadas pela Influenza. São protocolos diferentes, tratamentos diferentes”, ponderou. “Com a mesma amostra nasal que eu retiro do paciente, eu testo o antígeno pra Covid, a Influenza A e a Influenza B”, ressaltou.
O diretor da empresa fabricante do “teste combo” ponderou que a Vyttra Diagnósticos realiza a fabricação de diagnósticos há 30 anos e, por este motivo, possui expertise em produção. A partir do início da pandemia, com testes de tecnologias para grandes máquinas, como quimioluminescência, testes rápidos e sorológicos, o estudo foi aprimorado para evoluções relacionadas. “Houve um estudo em 2020, para em 2021 a gente ter toda a aquisição de expertise, tecnologia, para fazer essa linha”, disse.
Mesmo com a vacinação em andamento, Daniel Rocha explica que a testagem de identificação prevalece como um fator importante para o combate da Covid-19. “O teste rápido, na minha avaliação, é tão importante quanto a vacina, e a razão é muito simples: quando você começa a fazer testagens em grande quantidade, você detecta a pessoa muito precocemente. Muitas vezes ela está com o vírus, mas a carga viral é tão baixa que ela ainda não está transmitindo a doença”, pontua.
“Então é um bom momento de identificar essas pessoas, fazer o isolamento adequado para elas, pesquisar aquelas pessoas contactantes e também testar e isolar as pessoas infectadas”, destaca o diretor, que acredita que os testes são uma ferramenta que vai caminhar junto com a vacina ainda por bom tempo. “Quanto mais testes, melhor para identificar mais precocemente as pessoas, isolar e evitar a disseminação da doença”, conclui.