26 de novembro de 2024
Saneamento

Em segunda gestão, Caiado não deve privatizar Saneago

Caiado está decidido a não avançar na privatização após experiência traumática com a Enel Brasil
Saneago. (Foto: Saneago)
Saneago. (Foto: Saneago)

Na cerimônia de posse para o segundo mandato do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), representando os parlamentares de oposição, o deputado estadual Antônio Gomide (PT), pediu ao reeleito que não avançasse na privatização da Saneago. Tal qual a privatização da Enel foi desastrosa, a da Saneago provocaria um ‘apagão sanitário’, em Goiás.

O petista, no entanto, poderá ficar tranquilo. Pelo menos durante a segunda gestão do governador Ronaldo Caiado, a Saneago permanecerá sob controle do Governo de Goiás. De acordo com fontes palacianas, na Secretaria de Economia e na Goiás Parcerias, não há nenhum estudo sendo conduzido que possa levar a estatal a privatização.

Pelo contrário, o governador tem voltado atrás e revisado algumas privatizações antes iminentes. O Iquego e a Metrobus, por exemplo, que já estavam em processo de venda, vão continuar pertencendo aos quadros estatais. No caso da primeira, haverá dentro dos próximos meses, uma parceria com a iniciativa privada. No segundo, haverá a terceirização da frota para renovação com veículos elétricos.

No caso da Saneago, o governador descartou avançar em qualquer privatização. Em novembro de 2019, a Assembleia Legislativa de Goiás chegou a aprovar um pedido da governadoria que colocaria 49% das ações da estatal a venda, com o Estado continuando como sócio majoritário da empresa, o que hoje, já é visto como improvável.

Muito por conta da traumática experiência com a Enel Brasil que adquiriu a Celg Distribuição. Em um discurso no fim do ano passado, quando esteve em Anápolis, Caiado chegou a comentar, orgulhoso, que conseguiu controlar as contas da estatal.

Ao mencionar que a Enel “não fez jus ao que deveria ao povo goiano” revelou que dependesse dele, reassumir a Celg e que fez uma boa condução da Saneago em sua primeira gestão. 

“Vocês sabem: a vontade minha, se fosse me dada essa alternativa, até alguns ainda falavam que era ousadia, mas eu diria que se me dessem oportunidade, da maneira como fizemos e demos conta de fazer com a Saneago eu reassumiria uma Celg no estado de Goiás e mostrar que somos capazes de reestabelecer o bom fornecimento”, destacou.


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