O surgimento de uma nova cepa da Mpox fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitir um documento oficial, na sexta-feira (9), convidando fabricantes de vacinas contra a doença a submeterem doses para aprovação de uso em caráter de emergência. O convite pede para as fabricantes enviarem uma Expressão de Interesse para a Listagem de Uso Emergencial (EUL em inglês), conforme divulgou o jornal O Globo.
Os sinais da Mpox são: cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, ínguas, bolhas ou feridas na pele. Trata-se de uma doença viral transmitida de pessoa para pessoa. A doença é transmitida pelo vírus monkeypox (da palavra Monkey, macaco em inglês, o que deu a ela inicialmente um apelido de varíola do macaco)
O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, disse, na quarta (10), que um comitê do órgão vai se reunir “o mais breve possível” para avaliar se a Mpox representa novamente uma emergência de saúde pública de importância internacional. Esse é o nível mais alto de alerta da organização.
A declaração ocorre em meio à alta da doença e o risco de uma nova disseminação global.
“Há um surto grave e crescente na República Democrática do Congo (RDC) que agora se expandiu para fora do país. Uma nova cepa viral, que surgiu pela primeira vez em setembro de 2023, foi detectada pela primeira vez fora da RDC”, dizia o comunicado da OMS de sexta.
O EUL “é um processo de autorização de uso emergencial, desenvolvido especificamente para agilizar a disponibilidade de produtos médicos não licenciados, como vacinas, que são necessários em situações de emergência de saúde pública. Trata-se de uma recomendação com prazo limitado, baseada em uma abordagem de risco-benefício”.
“A OMS está solicitando aos fabricantes que enviem dados para garantir que as vacinas sejam seguras, eficazes, de qualidade assegurada e adequadas às populações-alvo”, continua. Uma eventual aprovação pode acelerar o acesso à dose, especialmente em países de baixa renda, e permitir que parceiros adquiram os imunizantes para distribuição.
Hoje há duas vacinas aprovadas por autoridades regulatórias nacionais de referência, que são recomendadas pelo Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização da OMS, o SAGE, e que podem se beneficiar do processo, informa O Globo.