Em entrevista a Record TV, concedida na noite da última segunda-feira (01/04), o presidente da República Jair Bolsonaro, direto de Jerusalém, criticou a metodologia adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele afirmou que o método utilizado pelo Instituto para verificar o número de desempregados não corresponde à realidade.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro critica a metodologia de cálculo do desemprego. Em outubro do ano passado ele taxou o cálculo como “farsa”. Em resposta a Bolsonaro, o IBGE afirmou que a pesquisa de desemprego segui padrões internacionais.
À TV Record, Bolsonaro volta a criticar dois fatos que tem mirado intensamente desde antes da sua campanha iniciar: o fato de que beneficiários do Bolsa Família não serem considerados desempregados. Afirmou também que, quando há aumento na procura por emprego, o desemprego sobe.
Os números do IBGE, no entanto, mostram que houve um aumento dos desempregados, em fevereiro. A taxa no mês foi para 12,4%, superando em 13 milhões. Esse número não foi provocado por uma busca maior por vagas.
O Instituto ainda mostra que o número de brasileiros fora da força de trabalho – aqueles que não buscam emprego nem estão empregados – também é recorde e passa dos 65 milhões.
Bolsonaro concluiu dizendo que esses números “parecem índices feitos para enganar a população”.