Pesquisas e consenso, “sem egos”, devem apontar o nome mais viável para disputar a presidência da República em 2026 representando governadores e partidos de centro-direita. A opinião é do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que chegou nesta sexta-feira (7) em Goiânia para agenda partidária e de visitas.
No sábado, como mostra reportagem do Diário de Goiás, Zema participa de um encontro estadual do Novo. Nessa sexta, ele esteve na Associação Comercial de Anápolis. Também almoçou na Federação da Agricultura (Faeg) e a tarde iria a evento da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg).
2026 ainda demora
Pela manhã, em entrevista coletiva, o governador mineiro demonstrou que está tranquilo quanto à definição de quem vai representar o grupo ideológico dele. Zema afirmou que as eleições presidenciais ainda demoram. “Isso vai surgir mais para a frente”, observou.
Em seguida, defendeu unidade e critérios para a escolha. “Sou favorável a fazer tudo com embasamento. Se você lança um candidato que as pesquisas apontam ser inviável é bem provável que você terá dificuldades”, pontuou. Segundo ele, a escolha do melhor representante deve superar as questões de ego para tornar a candidatura do grupo uma opção viável.
“Os governadores do Sul e do Sudeste têm trabalhado muito unidos porque criamos o Consórcio Sul-Sudeste com sete estados que concentram 55% dos brasileiros e 70% do PIB nacional. E temos proximidade muito grande com Centro-Oeste que também já tem um consórcio e sempre está junto de nós. Mas [definir] é uma questão de tempo. Não adianta ficar discutindo isso nesse momento porque tem muitas variáveis para acontecer em 2025 e 2026”, justificou.
Governadores têm conversado
Para ele, ainda é muito precipitado falar sobre 2026. “Ainda temos mais de dois anos pela frente. Mas fico muito satisfeito que nós, governadores de centro-direita, como Caiado (UB-GO), Tarcísio (Republicanos-SP), Ratinho (PSD-PR), Riedel (MS), Mauro Mendes (UB-MT) e eu, temos conversado no sentido de que esse grupo venha apoiar um nome. Se nós unirmos forças e apoiarmos um nome é bem provável que a centro-direita fique plenamente viável para eleger um presidente em 2026”, avalia Zema.
Desafio
Ele reconheceu que superar questões partidárias será um dos muitos desafios que o grupo terá pela frente, “e questões de ego”, repetiu. Também disse que prefere apoiar alguém do que ser apoiado, reforçando que não está na corrida para ser o nome do segmento. “Minha missão em Minas está terminando, mas tenho outras e quero ajudar o partido Novo”.
Focado nisso, ele conta que ao visitar alguns estados, tem agendado visitas em até doze cidades. O evento dessa vez contempla o lançamento da pré-candidatura de Leonardo Rizzo no sábado.
O governador falou sobre as bandeiras da legenda. “O Novo é o partido talvez mais coerente, a proposta dele é de liberdade econômica, apoio ao setor produtivo, geração de empregos”, afirma.
Depois, destaca que essa meta tem resultado para longo prazo. “Essa é a eleição que vai mostrar o potencial do partido”, acredita. Além disso, ele destaca que na eleição anterior, de 2020, o Novo evitou lançar muitas candidaturas, “evitou participar”. Mas afirma que, agora, “a situação é totalmente diferente”.
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