Bolsonaro diz que, com ausência de lideranças da direita no Brasil, ele se vê na "obrigação" de coordenar essas novas lideranças para que o Brasil não mergulhe de vez no socialismo e comunismo. (Imagem: reprodução/Twitter)
Ao lado de um tradutor, por que não sabe falar inglês, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista ao influenciador de extrema direita Charlie Kirk, dos Estados Unidos. Na ocasião, o ex-mandatário, que está nos EUA desde 30 de dezembro de 2022, informou quando deve vir ao Brasil e ainda sinalizou que “fugiu” do Brasil pois já saberia dos atos terroristas que seriam encampados por seus apoiadores em Brasília no dia 8 de janeiro.
Na entrevista, que foi publicada no último sábado (4), Bolsonaro diz: “A minha intenção em vir pra cá é ficar afastado do início do governo que assumiu. Eu sabia que seria bastante conturbado e não queria ser acusado de colaborar com uma forma desastrada de começar aquele governo”. Sobre o retorno, o ex-presidente afirmou que retornará ao Brasil “nas próximas semanas” para fazer uma “oposição responsável” contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Confira o vídeo na íntegra:
Bolsonaro disse, ainda, que com ausência de lideranças da direita no Brasil ele se vê na “obrigação” de “coordenar essas novas lideranças para que o Brasil não mergulhe de vez no socialismo e comunismo”. A verdade, afinal, é que quando voltar ao país, o militar reformado deverá enfrentar alguns obstáculos na Justiça, já que é alvo de 4 inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e um deles trata, exatamente, dos atos golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro.
Além disso, se não retornar em breve, Bolsonaro pode ser até extraditado dos EUA. Isso por que já há denúncias sobre fraudes em sua tentativa de mudar o visto para permanecer no país note-americano e pedidos de congressistas democratas para que ele seja expulso da nação governada por Joe Biden.