24 de novembro de 2024
Destaque 2

Em entrevista, Daniel admite racha no MDB em Goiás e que rompimento com Prefeitura não foi decisão partidária

Daniel Vilela, presidente do MDB (Foto: Arquivo/DG)
Daniel Vilela, presidente do MDB (Foto: Arquivo/DG)

O presidente regional do MDB em Goiás, ex-deputado federal Daniel Vilela, admitiu em entrevista ao jornal O Popular racha na sigla após rompimento de alguns membros do partido com a atual gestão da prefeitura de Goiânia. O movimento, que resultou na saída de 14 auxiliares do Executivo municipal, foi liderado por Daniel, mas não contou com a aprovação de boa parte dos emedebistas da capital, incluindo vereadores e deputados. “Não foi uma decisão partidária, foi uma decisão dos secretários”, disse o ex-deputado.

Daniel, que não tem demostrado capacidade de convergir as ações do MDB em Goiás, recebeu fortes críticas do deputado estadual e vice-presidente do MDB goiano, Paulo Cezar Martins. O parlamentar não concorda com a decisão do presidente da sigla, o que reforça o enfraquecimento de Daniel no comando do partido. “O rompimento, insisto, é um equívoco. A maioria do MDB, daqueles que têm voto, não concorda com o rompimento. Eu e muitos somos pela pacificação”, disse Paulo Cezar, que também é líder do MDB na Assembleia, em entrevista à imprensa.

Paulo Cezar ainda alegou falta de diálogo por parte de Daniel. Segundo ele, diferente de Maguito, Daniel não demonstra capacidade de ouvir os aliados. “Maguito ouvia os companheiros, e não apenas determinados grupos de convertidos”, disse. “O importante não é ficar discutindo cargos, mas pôr em prática um projeto de desenvolvimento para Goiás”, ressaltou ao defender a execução do plano de governo, conforme a atual gestão tem seguindo.

Além do parlamentar, vereadores do MDB continuaram na base do prefeito Rogério Cruz, o que, segundo especialistas políticos, reforça que o movimento de saída dos 14 auxiliares não passou de “pirotecnia” para tentar ter ganhos políticos com a ação.

A falta de habilidade para unir os nomes do partido não é recente. No pleito de 2018, quando Daniel foi candidato ao governo de Goiás, o partido já estava rachado. Boa parte resolveu apoiar, o então candidato e agora governador, Ronaldo Caiado. Entre os nomes fortes que deixaram Daniel na época estavam Ernesto Roller, Adib Elias, Paulo do Vale, Renato de Castro e Fausto Mariano.


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