19 de novembro de 2024
Diálogo • atualizado em 05/05/2023 às 18:31

Em entrevista a rádio goiana, Lula diz que, se eleito, irá conversar com gestores para solucionar problemas da região

"Vamos preparar os ouvidos para ouvir os prefeitos dizerem quais são as mazelas das cidades", disse o político

O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva concedeu, na manhã desta quinta-feira (24), entrevista  às rádios Supra FM, de Luziânia-GO, e do Gama-DF. Após falar sobre o cenário eleitoral no Brasil para as eleições de 2022 e lamentar as mortes no país em decorrência da pandemia da Covid-19 e também a invasão da Rússia contra a Ucrânia durante a madrugada, o presidente demonstrou o desejo de diálogo com gestores goianos para a solução de problemas na região.

“Vou juntar os prefeitos do entorno de Brasília: Luziânia, Gama, tantas cidades, e os governadores de Goiás e DF, para sentarmos para conversar e resolver os problemas de infraestrutura e sociais, como a falta de hospitais na região”, ponderou o político, em publicação nas redes sociais, após a entrevista. “Se eu ganhar as eleições, eu vou te procurar, eu vou convocar reuniões com todas as cidades do entorno de Goiânia e do DF e vou convocar você para ser o mediador dessa reunião. Vou convocar o governador do DF e de Goiás e vamos sentar um dia em que a gente vai preparar os ouvidos para ouvir os prefeitos dizerem quais são as mazelas da cidade”, relatou Lula ao jornalista Hélio Porto Jr, durante o bate-papo.

Com relação ao ataque da Rússia à Ucrânia, o ex-presidente do Brasil expressou sentimento de tristeza. “É lamentável que, na segunda década do século 21, a gente tenha países tentando resolver suas divergências, sejam territoriais, políticas ou comerciais, através de bombas, de tiros, de ataques, quando deveria ter sido resolvido numa mesa de negociação”, disse. “Eu acho que ninguém deve concordar com guerras e ataques militares de um país sobre o outro”, acrescentou o político, com a ressalva de que a população precisa de “mais carinho e menos violência”.

“O ser humano tem que criar juízo e resolver as suas divergências numa mesa de negociação, nunca num campo de batalha. Eu acho que é importante a gente repudiar mais uma guerra no século 21, coisa desnecessária que poderia ter sido resolvida se a ONU tivesse mais representatividade, mais força para evitar. Não adianta o secretário-geral da ONU ir para televisão lamentar”, ressaltou o político.

Na ocasião, Lula comentou, ainda, sobre as vitórias que obteve na Justiça com relação às ações relacionadas à Lava Jato. “Finalmente, a verdade venceu e a gente provou a mentira que foi montada com a participação de determinados setores dos meios de comunicação, um falso juiz e promotores que queriam aparecer na imprensa como messiânicos”, frisou.

“Estou feliz com as vitórias que estamos tendo na justiça para provar que um certo juiz não era juiz, mas um farsante, para provar que o MP, uma instituição muito séria, foi tomado de assalto por um grupo, que compôs a força do Paraná, para contar mentiras nesse país. Finalmente, a verdade venceu e, finalmente, o povo está muito esperto para entender o que aconteceu nesse país”, acrescentou o político.


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