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| Em 4 anos atrás

Em Anápolis, Gomide terá a difícil missão de virar registros históricos e um feito que apenas seu adversário conseguiu

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Se Antônio Gomide (PT) pretende voltar ao comando administrativo de Anápolis pelos próximos quatro anos, terá de reverter um quadro histórico que apenas seu adversário, Roberto Naves (PP) conseguiu. 

Claro, cada eleição tem a sua característica, mas os registros históricos apontam que na história das eleições municipais no Estado de Goiás, a vitória no primeiro turno é um termômetro positivo para o candidato vencedor. A tendência é que ela seja renovada quando o pleito termina no segundo turno.

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Um “ponto fora da curva” no entanto, ocorreu em 2016, quando o atual prefeito de Anápolis, Roberto Naves, então filiado ao PTB conseguiu a virada do jogo eleitoral. Há 4 anos, o atual prefeito anapolino levou 38.913 votos o que representava 21,56% do eleitorado de Anápolis. João Gomes (PT) foi o grande vencedor do primeiro turno tendo 53.988 votos e 29,92% dos eleitores. 

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Os 28 dias que separaram o primeiro do segundo turno no entanto, representaram uma grande virada para Naves que ao final da apuração no dia 30 de outubro viu a virada consolidada. Apesar de apertada, os 88.730 votos o entregariam a administração de Anápolis pelos próximos quatro anos. O petista, votado por 84.475 da população foi derrotado numa virada inédita no Estado de Goiás. 

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Em nenhum outro município goiano em que há a possibilidade do segundo turno, o candidato derrotado no primeiro turno, conseguiu a virada como Naves, conseguiu.

Pesquisa indica favoritismo de Naves

Neste sábado (28/11) a última pesquisa Serpes neste segundo turno, apontou que Roberto Naves está com 17,2 pontos à frente de seu adversário, Antônio Gomide (PT), nas intenções de voto para a prefeitura de Anápolis, segundo o levantamento publicado no jornal O Popular.

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O progressista tem 49,6% das intenções de voto na estimulada, enquanto Gomide aparece com 32,4%. O total de votos nulos ou pessoas que não votarão seria de 12,7%. Os indecisos são 5,2%.

No cenário que considera apenas os votos válidos, Naves tem 60,5% contra 39,5% de Gomide. A pesquisa Serpes/O Popular ouviu 401 eleitores anapolinos na quinta-feira (26). O nível de confiança é de 95%, e a margem de erro é de 4,9% para mais ou para menos. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral com o número GO-02189/2020.

Histórico de embates: primeiro x segundo turno em Goiânia

Em 1992, o candidato vencedor no primeiro turno Darci Accorsi (PT) repetiu o feito. Os candidatos tiveram 43 dias para trabalhar suas campanhas no segundo turno em que o empresário Sandro Mabel à época no MDB, foi derrotado. Mesmo período que o tucano Nion Albernaz precisou para confirmar a vitória em cima do candidato Luiz Bittencourt, também do MDB. 

Em 2000, Darci Accorsi voltou a colocar seu nome para disputa em Goiânia. Desta vez estava no PTB. Chegou ao segundo turno enfrentando o petista Pedro Wilson que venceu o primeiro turno das eleições no dia 1º de outubro e confirmou a vitória no dia 29 de outubro. Neste pleito, o segundo turno foi reduzido e os candidatos tiveram 28 dias para trabalhar suas campanhas.

O petista tentou a reeleição em 2004 mas desta vez se viu derrotado duas vezes: no primeiro e segundo turno para um certo Iris Rezende, do MDB, que repetiu o feito em 2008, vencendo o empresário Sandes Júnior, do PP.

Em 2012 foi a vez do PT voltar ao poder com Paulo Garcia. Vice de Iris ele assumiu o Paço dois anos antes, para o ex-prefeito sair candidato ao Governo do Estado de Goiás. O médico não teve dificuldades em vencer aquele pleito logo no primeiro turno e se tornar o prefeito mais bem votado da história de Goiânia sendo votado por 349.335 eleitores que representava 57,68% dos votos.

Já em 2016, Goiânia viu Iris Rezende Machado retornar ao Paço numa disputa com o então ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso que se candidatou pelo PSB. O empresário perdeu o primeiro turno e não conseguiu reverter o resultado no segundo turno.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.