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Categorias: Política
| Em 13 anos atrás

Leonardo Vilela definido como candidato a prefeito. Fábio Souza e João Campos estão fora da disputa

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Onde eram cinco, resta um. Ou nem isso. O maior resultado da Operação Monte Carlo para o PSDB, até o momento, diz respeito às eleições pelo Executivo da Capital goiana. Ninguém mais quer ser destaque, melhor não fazer parte do cenário e não estar em evidência. João Campos, Fábio Sousa, Helder Valin e Túlio Isac são incisivos: o candidato é o Leonardo Vilela. O partido escolheu e não há mais tempo para discussões. O recuo é geral e parece ter sido orquestrado pela Polícia Federal, que espantou, em pouco mais de quatro meses, qualquer desejo pelo poder da canetada.

Em entrevista ao Diário de Goiás, o deputado estadual e presidente do diretório metropolitano do PSDB, Fábio Sousa, foi direto e apresentou sinais de descrédito. “Não concordei com o processo que levou à escolha do pré-candidato, mas foi a decisão do partido, foi feita a vontade do governador Marconi Perillo. Hoje, o que nos resta é o trabalho em prol da candidatura do deputado Leonardo Vilela”, disse.

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Fábio Sousa ressaltou que sua contrariedade não diz respeito ao deputado escolhido, mas simplesmente ao processo que o elegeu internamente. No entanto, as expectativas demonstradas pelo presidente metropolitano não são as melhores. “Acredito que o deputado federal é um bom nome, confio no seu potencial político. Por outro lado, não escondo que gostaria de vê-lo com mais engajamento e entusiasmo neste momento pré-eleitoral. Acho que desta forma continuaremos no atraso”, continuou.

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Questionado sobre possíveis danos à imagem do partido, conseqüente do suposto envolvimento do pré-candidato com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o deputado, pastor e estudioso bíblico, se faz de Pilatos e lava suas mãos. “Leonardo saberá o que fazer, minha parte enquanto presidente do metropolitano eu já fiz”, afirma.

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MARCONI ARRANHADO

Ter Marconi Perillo como cabo eleitoral, também não anima muito a Fábio. “O governador sempre foi uma grande força política. Suas vitórias consecutivas até hoje demonstram isso. Não podemos ignorar, porém, que existem máculas. Marconi foi arranhado por esta Operação Monte Carlo e isso poderá influenciar de alguma maneira”, acrescenta o deputado.

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As conversas com partidos da base foram iniciadas, mas não há decisões até o momento. “Como presidente do diretório metropolitano eu iniciei as conversas, mas cabe ao general deste processo, ao próprio pré-candidato, ir atrás do maior número possível de alianças. Não podemos fazer isso por ele”, conclui Fábio Sousa.

João Campos preferiu não aprofundar no assunto, disse que esta conversa já está decidida e cabe ao partido trabalhar melhor a idéia. Ressentido, o deputado federal representante da bancada evangélica, afirma que tem focado em seus trabalhos na Câmara dos Deputados. O tucano participou na última quinta-feira, 31, da Marcha Goiana da Cidadania em Defesa da Vida, onde falou rapidamente sobre as eleições com o DG.

Com o PSDB amedrontado, hipoteticamente fica mais fácil para o atual prefeito, Paulo Garcia (PT) garantir sua reeleição. Seu maior obstáculo, hoje, é ele próprio. O petista tem se apresentado tão confiante que parece não perceber que pode ser o principal causador de sua derrota. Paulo tem seguido, à risca, a cartilha deixada por Pedro Wilson de como perder uma reeleição. Pode ser o próximo desapercebido. Mas isso é assunto para um próximo texto.

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