Com quatro horas a mais que o Brasil em seu fuso, Portugal já recebeu milhares de eleitores brasileiros aptos a votar fora do país para escolher o candidato à presidência, única opções possível para quem mora no exterior. O País luso, que agora tem Lisboa como local com mais eleitores aptos a votar fora do Brasil, ultrapassando Miami e Boston, além das cidades de Porto e Faro, deve registrar a passagem de cerca de 80 mil pessoas neste domingo.
Em Porto, onde o Diário de Goiás está cobrindo presencialmente, há filas e o clima é de tranquilidade. Na cidade, a segunda maior do país, o local de votação é o Instituto Superior de Engenharia do Porto e pode receber cerca de 30 mil pessoas aptas a votar neste domingo (2). Apesar da longa fila, a espera para votar não é mais que 20 minutos e tudo tem ocorrido de forma segura.
Em entrevista com brasileiros residentes em Portugal, o Diário de Goiás falou com a designer Líria, de 46, que preferiu não divulgar seu sobrenome. Ela que está em Portugal desde março, disse que faz questão de exercer seu direito de votar enquanto cidadã brasileira. “Acho que o ponto principal dessa eleição é eleger um candidato que priorize o ensino, que repense e reverta os congelamentos na saúde e na educação. Não é por que eu estou aqui que não penso nos filhos de conhecidos, ou nas crianças brasileiras. Todos eles merecem uma boa educação”, afirmou.
Outra brasileira, Maria Telma Cabral Leal, de 61 anos, que há 18 vive em Porto como cuidadora, veio com o filho, que é cantor, em busca de melhor qualidade de vida e oportunidades. Nascida em Tocantins, ela se mudou para Goiás aos 4 anos, morando em Anápolis e Goiânia.
Mesmo estando em Portugal, ela quis exercer seu direito por que acha que do jeito que o Brasil está, não dá para continuar. Ela recebe relatos de pessoas, conhecidos, que tem passado por insegurança alimentar, e fica preocupada. “Outro motivo de eu continuar votando é que quero voltar para o Brasil futuramente, então quero voltar para um país que esteja melhor do que está hoje”, afirmou.
Em alguns países a votação já até encerrou e tem boletins de urna sendo divulgados (confira aqui). É o caso de Nova Zelândia, em que informações mostram, inclusive, que, até agora, em quatro urnas da cidade de Wellington, no país da Oceania o ex-presidente presidente Lula (PT) saiu na frentes. Em Singapura, Coréia do Sul, o petista também venceu com ampla margem de votos. Já Bolsonaro (PL) venceu em todas as sessões que estão na cidade de Tóquio, no Japão e, por enquanto, na cidade de Canberra, Austrália.