Após a repercussão negativa da fala do ministro da economia, Paulo Guedes, sobre a alteração de regras do salário mínimo e aposentadoria, em caso de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o Ministério da Economia se pronunciou, negando os planos. Com a mudança, que de acordo com Guedes estava sendo estudada pela Economia, a correção do salário mínimo e dos benefícios previdenciários deveriam ficar abaixo da inflação.
Em nota, o Ministério da Economia esclareceu que “não há qualquer plano para alterar as regras dos reajustes anuais do salário mínimo e das aposentadorias pela inflação”. A fala de Paulo Guedes repercurtiu negativamente, pois, segundo especialistas, a proposta teria impacto direto no poder de compra e nas desigualdades sociais no país.
A Economia informou ainda que “é falaciosa a informação de que o ministério pretende adotar medida que possa causar danos à camada mais frágil da população”. O reajuste do salário mínimo pela inflação é uma determinação constitucional, desta forma, a regra só poderia ser mudada com uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).
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Em entrevista ao Podcast Inteligência Ltda, o presidente Jair Bolsonaro (PL), na noite de quinta-feira (20), afirmou que “Não tem cabimento diminuir o salário mínimo. Não existe isso”. Segundo o presidente, trata-se de uma fake news propagada por apoiadores do PT.
“Quem votaria uma proposta para diminuir o salário mínimo? Então, foi uma fake news pregada por aquele mesmo cara, tal de Janones, que é o garoto propaganda, marqueteiro do Lula. E o Paulo Guedes acabou de dar a declaração que será reajustado, a partir do ano que vem, o salário mínimo no valor real”.
Durante coletiva no Rio de Janeiro, ontem (20), Guedes havia dito que o governo tem intenção de desvincular o reajuste do salário mínimo e de aposentadorias do índice de inflação do ano anterior. O ministro ainda chegou a confirmar que a mudança poderia ser incluída na PEC que está sendo construída para prorrogar o pagamento do Auxílio Brasil em 2023.
“É claro que vai ter o aumento do salário mínimo e aposentadorias pelo menos igual à inflação, mas pode ser até que seja mais. Quando se fala em desindexar, as pessoas geralmente pensam que vai ser menos que a inflação, mas pode ser o contrário”.