O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (01/09) os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2023. Segundo o órgão, a economia brasileira cresceu 3,4% em relação ao mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 3,2% e no primeiro semestre do ano, de 3,7%.
Comparando com o primeiro trimestre de 2023, o PIB demonstrou um crescimento de 0,9%. A pesar do crescimento, os números indicam também uma desaceleração. Visto que no trimestre anterior o crescimento havia sido de 1,8% em relação ao quarto trimestre de 2022.
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Com esse desempenho, a economia brasileira atingiu um patamar 7,4% acima do nível pré-pandemia e alcançou o ponto mais elevado registrado na série histórica.
Os setores responsáveis pelo crescimento do PIB no segundo trimestre foram a indústria (0,9%) e os serviços (0,6%). De acordo com Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, no setor de serviços, os destaques foram os financeiros, especialmente os ligados a seguros, como os de vida, automóveis, patrimônio e risco financeiro, além de serviços voltados para empresas, como os jurídicos e de contabilidade.
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A indústria extrativa teve um crescimento de 1,8%. A extração de petróleo e gás, minério de ferro e produtos destinados à exportação impulsionou a economia, marcando o segundo trimestre consecutivo de crescimento.
Já a agropecuária foi o único dos três principais setores da economia a registrar uma queda no trimestre, com uma redução de 0,9%. Isso se deve principalmente à comparação com um trimestre anterior excepcionalmente forte e ao período de entressafra da soja.
O consumo das famílias teve o maior aumento em comparação ao mesmo período de 2022, com um crescimento de 0,9% no segundo trimestre de 2023. A recuperação gradual do mercado de trabalho, o aumento do crédito, as medidas governamentais como incentivos fiscais e o reajuste dos programas de transferência de renda, especialmente o Bolsa Família, influenciaram esse aumento. No entanto, os altos juros ainda representam um desafio para o consumo de bens duráveis, e as famílias continuam endividadas após a renegociação de dívidas.
Em relação ao comércio exterior, as exportações (2,9%) e importações (4,5%) tiveram aumento em relação ao primeiro trimestre deste ano. Isso ocorreu devido à recuperação da economia mundial após a pandemia, à valorização do dólar em relação ao real, que favorece as exportações e encarece as importações, e à demanda por commodities, especialmente soja, minério de ferro e petróleo.
Fonte: Agência Brasil.