Dois homens, identificados como Gilberto Rodrigues de Oliveira e Girlandio Pereira Chaves, foram presos na sexta-feira (9), pela Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais. A dupla é investigada por se passarem por diretores de grandes brancos, inclusive pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O objetivo da dupla presa era enganar fazendeiros e empresários por meio de proposta de liberação de empréstimos multimilionários, a troco de porcentagem de comissão. Então, eles marcavam encontros em locais sofisticados e iam com roupas sociais.
As investigações tiveram início após uma fraude em dezembro de 2023, quando uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins foi vítima da dupla e teve o prejuízo de R$ 1 milhão, ao solicitar um empréstimo de R$ 15 milhões. Para ela, os estelionatários a entregaram uma bolsa com dólares falsos e fugiram com o dinheiro verdadeiro.
A PCGO encontrou com Gilberto mais de R$ 39 mil em espécie. Segundo a corporação, um terceiro elemento que também participava do esquema segue foragido, identificado como Luciano Oliveira Gomes.
Os nomes foram divulgados pela Polícia Civil de Goiás porque “dado o uso de documentos e qualificações falsas por esses estelionatários, muitos dos casos existentes seguiam, até agora, sem a identificação de autoria”.
Vítimas
Segundo a PCCGO, até o momento foram identificadas sete vítimas, que tiveram prejuízo de mais de R$ 4,7 milhões e a suspeita é que haja vítimas em todo o país. Sobre o golpe envolvendo BNDES, o presidente do Banco, Aloizio Mercadante, formalizou uma denúncia sobre as fraudes em maior de 2023.
Os presos já possuem anotações criminosas e o trio também é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão em junho de 2023, mas não encontrou os suspeitos. A PCDF apura fraudes no valor de R$ 3,2 milhões.